Por Edmar Lyra
As eleições de 2022 marcaram o fim da hegemonia do PSB em Pernambuco, iniciada em 2007 com a vitória de Eduardo Campos para o governo de Pernambuco. Isso aconteceu após quatro vitórias de candidatos do PSB para governador, e mais três vitórias no Recife com Geraldo Julio duas vezes e João Campos que foi eleito em 2020.
Quando muita gente imaginava que estaria se iniciando a derrocada socialista em Pernambuco, os primeiros cinco meses de 2023 trouxeram uma surpreendente melhora no ambiente político em torno da liderança de João Campos. O prefeito conseguiu fortalecer os laços com o PT, o PSD, o PV, o Republicanos, o União Brasil e o MDB, legendas que têm simbolismo político ou forte pujança eleitoral e de tempo de televisão.
Esse movimento emergiu o gestor como a principal liderança do campo de esquerda no estado, que desde então afastou um eventual fantasma de adversidade patrocinado pelo grupo da governadora Raquel Lyra no seu projeto de reeleição em 2024. João vivencia agora, com a garantia do empréstimo junto ao BID, o melhor momento da sua gestão desde que assumiu a prefeitura em janeiro de 2021.
Assim como Eduardo Campos, que foi forjado nas dificuldades, João Campos surpreende e fica mais solto para articular sua reeleição e fazer um importante contraponto ao novo grupo político que assumiu o governo estadual em janeiro. Portanto, cresceu na adversidade e caminha para chegar em boas condições de reeleição em 2024.
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