Por Danilo Duarte – Um vídeo gravado por câmeras de segurança flagrou um Policial Militar agredindo uma cuidadora de crianças na brinquedoteca de um restaurante, localizado no Bodódromo, área turística de Petrolina, no Sertão pernambucano. Nas imagens, é possível ver o policial, de camisa azul, e sua esposa agredindo com chutes, pancadas na cabeça, empurrões e puxões de cabelo, uma mulher que trabalhava no local. A vítima registrou Boletim de Ocorrência (BO) na Delegacia, por lesão corporal.
Segundo o boletim, a ação violenta teria iniciado após discussão entre a funcionária do estabelecimento e a mãe de uma das crianças atendidas. A mãe não teria gostado de ter sido advertida pela mulher por causa do comportamento do filho e insistiu para que a criança permanecesse no local, pois “estava pagando”. Em seguida, como relatado no BO, muito alterada a cliente partiu para a agressão física.
Minutos depois, o pai da criança, identificado como Gabriel Junior, que é Policial Militar da Bahia, entrou na sala e começou a agredir a recreadora. Ainda de acordo com o BO, quando a vítima caiu, foi agredida com chutes no rosto e puxões de cabelo pelo casal. Foi quando o policial teria sacado uma arma de fogo.
Veja o vídeo:
O Flagrante aconteceu nesse domingo (20), mas só após a divulgação das imagens nas redes sociais, o acusado pelas agressões resolveu se manifestar. Em áudio divulgado em aplicativo de mensagens, o PM tentou se justificar, argumentando que ação foi motivada porque aquela não teria sido a primeira vez em que a recreadora teria maltratado o seu filho. Segundo o policial, a funcionária teria maltratado a mesma criança outras duas vezes, em ocasiões anteriores. “Sou homem para assumir meus erros e acertos. Não me julguem, eu não sou uma pessoa de má índole”, disse.
Hoje (21), o restaurante Bode do Ângelo, onde aconteceram as agressões, emitiu nota repudiando o fato, “A equipe do Bode do Ângelo e todos aqueles que assistiram ao ocorrido de ontem nas nossas instalações, especificamente no nosso espaço recreativo conhecido como “O Bodinho”, lamenta e demonstra indignação com o fato”. O restaurante se solidarizou com a colaboradora e informou que ela está sendo acolhida e recebendo cuidados emocionais e apoio jurídico.
Várias crianças presenciaram as agressões. Em nota, a Polícia Civil informou que “a investigação segue em andamento até o esclarecimento dos fatos”.
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