terça-feira, 22 de agosto de 2023

João e Miguel reeditam aliança

 

Foto: Divulgação

Por Edmar Lyra

Nas eleições de 2006, uma figura foi fundamental para a construção do projeto de Eduardo Campos ao Palácio do Campo das Princesas. Trata-se de Fernando Bezerra Coelho, então prefeito de Petrolina, que atuou no sentido de irradiar a campanha socialista pelo sertão do São Francisco. Uma campanha inicialmente desacreditada, tomou corpo e acabou vitoriosa transformando para sempre a política pernambucana. Com a vitória de Eduardo, Fernando deixou a prefeitura para tornar-se secretário de Desenvolvimento Econômico. Quatro anos depois, por indicação do próprio Eduardo, virou ministro da Integração Nacional.

A aliança durou até 2014, quando Eduardo faleceu num acidente aéreo, mas ainda assim havia escolhido FBC para ser o senador da Frente Popular e que depois seria eleito. Com a vitória de Paulo Câmara e Fernando Bezerra Coelho, PSB e o clã de Petrolina tiveram altos e baixos, até que em 2018, já no MDB, Fernando apoiou a candidatura de Armando Monteiro.

Nas eleições de 2022, enfim os Coelho tiveram sua tão sonhada candidatura ao governo de Pernambuco, mas Miguel Coelho acabou na quinta colocação. Declarou voto em Raquel Lyra, mas ela não o aproveitou na sua equipe, o que culminou no distanciamento de ambos. Esse distanciamento abriu caminho para uma reaproximação do clã de Petrolina com o prefeito João Campos, que poderá desembocar na indicação de um integrante do grupo para o secretariado do prefeito.

O próprio Miguel Coelho está cotado para assumir a função, e com isso eles selariam uma aliança para 2024 e consequentemente para 2026, onde o próprio Miguel poderia ser candidato a senador na chapa encabeçada por João Campos, caso o socialista decida disputar o Palácio do Campo das Princesas.

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