Por Edmar Lyra
A governadora Raquel Lyra foi eleita em 2022 sem precisar lotear seu governo, pois as circunstâncias da eleição não exigiram que ela fizesse o toma lá dá cá para formar uma base política. Apesar disso, Raquel fez concessões no segundo escalão, contemplando o União Brasil, o MDB, o PP e o PL. Enquanto no primeiro escalão apenas Daniel Coelho e Evandro Avelar com alguma experiência política foram alçados ao posto de secretários, os demais eram ilustres desconhecidos da maioria da classe política.
Raquel vem de uma família tradicional na política, com ministro de estado, prefeitos, deputados e governadores. Portanto, ela sabe que a política não pode ser negligenciada, uma vez que a construção de um governo exitoso inexoravelmente passa por uma boa articulação política.
Além dos partidos já citados, uma nova legenda está ingressando no governo, trata-se do PSD. A secretária de Turismo do Recife, Cacau de Paula, passa a ocupar a secretaria de Cultura do governo Raquel Lyra. Mas não é o único movimento, Alex Campos, diretor da Anvisa, e cria de André de Paula, teve uma conversa com a governadora em Brasília e avançou para que ele possa assumir a presidência da Compesa.
Evidentemente que o ingresso do PSD com dois robustos espaços vai gerar contrapartida de outras legendas que apoiam a governadora, mas foi exatamente pela condição de ter montado um secretariado técnico que Raquel terá espaço para mover o tabuleiro e dar uma tônica mais política ao seu governo, contemplando novas indicações de legendas representativas que lhe ajudarão ainda mais na governabilidade.
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