domingo, 17 de setembro de 2023

Calote de Cuba no BNDES, tema de Lula em Havana, é o segundo maior em empréstimos do banco autorizados em governos do PT

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Por Ricardo Antunes — Os governos do PT são responsáveis por 88% dos empréstimos à exportação de bens e serviços de engenharia firmados pelo BNDES, vítima de um calote de 1,1 bilhão de dólares desses financiamentos, nos quais consta o calote de Cuba. A inadimplência cubana deve ser um dos temas do encontro que o presidente Lula terá com o presidente Miguel Diaz-Canel em Havana, para onde embarcou hoje, na sua 13ª viagem internacional em nove meses de governo- ou seja, 1,4 viagem ao exterior por mês.

A Folha de S.Paulo informa que Cuba já comunicou ao governo brasileiro não ter condições de pagar o financiamento, pede uma redução e propõe uma renegociação em que entrariam charutos e rum. Obviamente não quitariam nem 0,000001% da dívida, mas ao menos são os melhores charutos e rum do mundo.

Como a coluna havia noticiado com exclusividade em julho, Cuba é o segundo maior caloteiro do BNDES, com 261 milhões de dólares vencidos e não pagos até junho último, conforme dados do próprio banco. A Venezuela está no topo dos caloteiros, com 740 milhões de dólares não honrados. Outros 497 milhões de dólares, diz o BNDES, devidos por Venezuela, Cuba e Moçambique, vencem até dezembro.

O grosso da dívida cubana se refere a um empréstimo de 650 milhões de dólares autorizado no primeiro governo de Dilma Rousseff para a construção do porto de Mariel, a 40 quilômetros de Havana.

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