Por Edmar Lyra
Das 32 legendas registradas no TSE apenas 17 atingiram a cláusula de barreira, sendo dez partidos e três federações. As demais legendas continuaram existindo mas não têm acesso a fundo eleitoral nem tempo de televisão. Desde então, algumas legendas fizeram fusão ou incorporação.
Para as eleições de 2024 no Recife, os partidos nanicos perderam a atratividade de outrora por diversos fatores, um deles é a ausência de fundo e a outra seria o risco de esvaziamento da chapa por não ter como dar retaguarda aos possíveis candidatos.
Então o escopo reduz para as 13 legendas ou federações que terão acesso a fundo eleitoral e tempo de televisão. Mas nem todas elas conseguirão montar chapas proporcionais. Outro fator intrigante é a mudança na legislação que no caso do Recife permite apenas 38 candidatos, dos quais 12 obrigatoriamente serão mulheres. Então os partidos terão enorme dificuldade de completar suas respectivas chapas.
Nas projeções, são poucas as legendas que seguramente elegerão vereadores na capital pernambucana, a começar pelo PSB do prefeito João Campos, que deverá novamente eleger a maior bancada, passando pelo PL do ex-presidente Jair Bolsonaro e pela federação do PT com PV e PCdoB. Nas contas preliminares essas chapas ficarão com pelo menos 20 vagas. As demais seriam divididas entre o PSOL/Rede Sustentabilidade, o PSDB/Cidadania e legendas como Republicanos, Avante, PSD, PP e MDB. Evidentemente que uma ou outra sigla poderá eleger vereador, mas as chances são menores.
Um outro fator desafiador será a redução de candidatos a vereador, em 2020 foram mais de 900, para 2024 a expectativa é que o número não passe de 500 postulantes que disputarão apenas 37 vagas, contra 39 de 2020. Existem alguns fatores que acontecerão por consequência destas mudanças, um deles é a oferta e demanda, menos candidatos significará um maior número de votos para distribuir com os postulantes, o que tende a ampliar a votação de quem já teve muito voto. Portanto, a disputa de 2024 será extremamente desafiadora para partidos e candidatos, que terão que se adaptar a esta nova realidade.
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