Por André Beltrão — Mesmo com a venda de um apartamento, a ex-deputada federal Marília Arraes (Solidariedade) demonstrou estar em aperto financeiro ao pedir, no último dia 19 de março, assistência judiciária gratuita no processo em que foi condenada a pagar R$ 50 mil ao corretor que intermediou a venda do imóvel.
A juíza Maria Betânia Beltrão Gondim negou o pedido. Justificou não ter sido apresentado “nenhum documento apto que demonstre a alegada hipossuficiência financeira e autorize a concessão da benesse ora pleiteada”. Acrescentou: “Ressalto que ambos os réus possuem profissão (biomédico e advogada)”
A situação financeira da neta de Arraes é colocada nos bastidores como um dos principais motivos para sua adesão à reeleição do primo João Campos (PSB), com quem teve vários e pesados atritos.
Com estrutura partidária e a máquina pública nas mãos, João pode dar a Marília uma possibilidade de aliviar o orçamento familiar, impactado por estar desempregada desde que deixou o mandato de deputada federal, em 31 de janeiro de 2023.
Outro ponto decisivo na sua adesão ao primo e ex-adversário político teria sido o afastamento com a irmã, a deputada federal Maria Arraes (Solidariedade), eleita com os votos dela. Ambas estariam distanciadas há meses.
Na decisão judicial favorável ao corretor, a juíza ressalta que ele foi deixado no “vácuo”, sem quaisquer respostas após cinco tentativas de envios de mensagens por aplicativo. O corretor também pediu ressarcimento por danos morais, mas não foi atendido pela juíza Maria Betânia. O processo está inscrito na Justiça Estadual sob o número 0048002-85.2023.8.17.8201.
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