Por Edmar Lyra
Nos bastidores, a informação de que o PL perderia o comando do DETRAN para o PP caiu como uma bomba. Esse movimento não é uma expectativa de hoje da classe política, isso porque o PL tem cinco deputados estaduais, mas apenas Renato Antunes estava votando irrestritamente com o Palácio do Campo das Princesas, os demais têm adotado uma postura de independência ou até mesmo de oposição frontal, a exemplo do Coronel Feitosa.
A bem da verdade é que o Palácio do Planalto tem interesse em fortalecer os laços com a governadora Raquel Lyra, mas um dos entraves seria o fato de o PL ocupar espaços no governo estadual. O que inviabilizaria ou pelo menos dificultaria este entendimento. A conjuntura nacional inexoravelmente obrigará o PL a ter candidato a governador em 2026, então o sentimento da base da governadora é que mais cedo ou mais tarde esse movimento terá que acontecer.
Caso formalize a entrega do DETRAN ao PP, Raquel Lyra não apenas estará acenando a Lula para uma relação mais próxima, como poderá começar a formar uma base parlamentar mais sólida, uma vez que o PP tem influência em 1/5 da Alepe, não só com sua bancada como outros três deputados que têm relação estreita com o presidente estadual do partido, o deputado federal Eduardo da Fonte.
Este movimento poderá aproximar o PT da governadora e mais do que isso, ter desdobramentos positivos para ela em 2026, então o sentimento de parlamentares governistas é que a virada de chave tão necessária para o governo, poderá acontecer com um aceno mais claro ao Planalto e ao PT com o afastamento do PL.
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