Por Magno Martins
Valor será usado na compra de 16 aparelhos de ar-condicionado destinados às UTI's do Hospital da Restauração
Na volta do feriadão, na última terça-feira, o deputado Gilmar Júnior, da bancada do PV na Assembleia Legislativa, criou uma vaquinha entre os 49 deputados para o valor ser usado na compra de 16 aparelhos de ar-condicionado destinados às UTI’s do Hospital da Restauração. A iniciativa se deu após o parlamentar receber uma forte pressão da sua categoria, os enfermeiros, que trabalham num calor infernal.
Os aparelhos das Unidades de Terapia Intensiva adulto e da neurologia do HR, segundo ele, estão quebrados, mas o Governo do Estado se apresenta insensível ao problema. Além de deputado, Gilmar é presidente do Conselho Regional de Enfermagem de Pernambuco (Coren-PE). Ele revelou que recebeu vídeos e mensagens de colegas e médicos relatando o caos diante do calor insuportável para profissionais e pacientes do local.
“A UTI é um local que tem pacientes que precisam de tratamento intensivo e não tem como esperar que um local como esse aguarde a resolução de um problema tão sério. Coloquei no grupo dos deputados, onde discutimos a forma correta de fazer a doação, e desde então estamos angariando os recursos necessários para a aquisição dos aparelhos”, contou.
Segundo Gilmar, 30 dos 49 parlamentares já aderiram à vaquinha, mas ele só pretende comprar quando conseguir o valor total, o que depende da boa vontade dos demais colegas de parlamento. Ontem, até o presidente da Alepe, deputado Álvaro Porto, se comprometeu com a causa.
“A gente entende que há um problema na estrutura dos hospitais públicos, especialmente os estaduais, pelos quais tenho a prerrogativa enquanto deputado estadual de fiscalizar. Por isso, assim que eu tomei conhecimento do problema, além da criação da vaquinha, publiquei no Diário Oficial do Estado, cobrando ao Governo de Pernambuco a resolutividade dos ares-condicionados do HR”, acrescentou.
Apesar da urgência que a situação requer, até o momento, segundo Gilmar, o Governo não se posicionou. “Nenhum ofício, nem ligação de ninguém do Governo, nem mesmo da direção do HR, que entendo que deveria se manifestar ao menos para falar das especificações necessárias dos aparelhos específicos que serão doados. Tivemos que conversar com o setor de manutenção do HR para saber que teria que ser de um ar-condicionado industrial”, diz o parlamentar.
Ele complementa: “O governo tomou ciência porque publicamos no Diário Oficial. Se não se manifestar, vamos fazer o que tem que ser feito e comprar os equipamentos, que é uma obrigação do Governo do Estado. Ainda não compramos, porque não conseguimos uma adesão total dos deputados, mas a campanha não acabou. Esperamos que nesse ínterim o governo resolva o problema”.
É verdade que o caos na Restauração não pode ser jogado no colo de Raquel. É um quadro que se arrasta há muitos anos, agravado nos últimos oito anos de Paulo Câmara.
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