Por Edmar Lyra
Ao longo do tempo, o vice-presidente Marco Maciel construiu uma marca de vice ideal para auxiliar o titular após os oito anos em que foi companheiro de Fernando Henrique Cardoso na presidência da República. Essa referência acabou influenciando novos quadros e no PFL, partido de Maciel, a escola macielista deixou alguns adeptos como o hoje ministro André de Paula e a atual vice-governadora Priscila Krause.
Desde que entrou na vida pública em 2004 como vereadora do Recife que Priscila manteve sua coerência política, ficando em palanques opostos ao PSB e ao PT. Além disso, tornou-se uma referência em fiscalização, tanto na Câmara do Recife quanto na Assembleia Legislativa de Pernambuco. Fez uma oposição responsável, combativa, mas sem ser desrespeitosa aos detentores do poder.
Nas eleições de 2022 abdicou de uma reeleição encaminhada para ingressar no projeto de Raquel Lyra como candidata à vice-governadora. Havia dúvidas de algumas pessoas se a decisão de Priscila teria sido a melhor. Na disputa propriamente dita, a presença dela na chapa teve papel determinante para que Raquel não só tivesse um bom desempenho na capital como acabasse o primeiro turno como a mais votada no Recife. O eleitor enxergava em Priscila um viés de credibilidade ao projeto de Raquel, o que fez um casamento político e eleitoral quase perfeito, culminando na vitória das duas.
Passados sete meses de governo, Priscila tem sido discreta mas sem abdicar da condição de contribuir com o governo, ajudando Raquel em demandas das mais variadas situações, não apenas representando a governadora em sua ausência, mas principalmente ajudando na construção do êxito do governo. A coerência de Priscila e sua altivez nas funções que ocupou deixaram uma marca importantíssima para ela, que é um esteio robusto para ajudar a governadora a entregar as ações que os pernambucanos esperam.
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