Candidata ao Governo de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB) criticou a sua oponente Marília Arraes (Solidariedade) e disse que a adversária faz uma campanha de “faz-de-conta” e se escora no presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por falta de propostas e realizações.
“A candidata Marília tenta o tempo inteiro se escorar em uma candidatura nacional para justificar a falta de propostas e realizações que ela tem em Pernambuco”, afirmou a candidata nesta segunda-feira (24) em sabatina da Folha e do UOL.
Ela ainda buscou associar Marília Arraes ao PSB, destacando que ela recebeu apoio do governador Paulo Câmara e do prefeito do Recife, João Campos, neste segundo turno.
“Eu sou oposição, estou aqui como a candidata da mudança em Pernambuco. Não tenho nenhum compromisso com o erro e com o passado do governo Paulo Câmara, que deixou Pernambuco em situação muito pior do que pegou. Marília é a candidata da continuidade.”
Disse ainda que a grande maioria da população de Pernambuco deseja mudança e pediu que os eleitores façam uma comparação entre as duas candidaturas.
“O que eu peço à população de Pernambuco é que façam uma comparação de trajetórias, de realizações e de compromissos que cada uma tem”, disse Raquel, que ainda criticou a adversária por não detalhar o seu plano de governo durante o primeiro turno.
Raquel Lyra justificou sua decisão de se manter neutra em relação à eleição presidencial, destacando que neste segundo turno recebeu apoios de aliados de Lula e de Jair Bolsonaro (PL), e disse que o seu objetivo é unir Pernambuco, a despeito da polarização nacional: “Não vou entrar em debate de nacionalização. O presidente escolhido pelos brasileiros, ele vai me receber.”
Ao avaliar o desempenho do PSDB na eleição nacional, que sofreu uma derrota amarga em São Paulo e viu sua bancada na Câmara cair para 13 deputados, Raquel Lyra disse que o partido sofreu o impacto da polarização nacional entre Lula e Bolsonaro.
“A polarização nacional deixou o PSDB e alguns outros partidos perdidos. Mas, passado esse momento eleitoral, vamos fazer uma profunda reflexão, reanalisar o contexto político e construir um partido sólido”, afirmou a tucana.
No início da sabatina, a candidata também comentou sobre o drama pessoal que viveu no dia da eleição do primeiro turno, com a morte de seu marido, Fernando Lucena: “Eu tenho encontrado na minha família e nas pessoas anônimas, do povo, a força para ficar de pé”, afirmou.
Raque Lyra foi entrevistada na série de sabatinas da Folha e do UOL com candidatos ao governo de alguns dos estados nos quais haverá segundo turno. Sua adversária Marília Arraes (Solidariedade) também foi convidada para ser sabatinada, mas ainda não confirmou participação.
Dos 24 candidatos a governador que concorrem no segundo turno, cinco não anunciaram apoios a Lula ou Bolsonaro. Trabalham para estadualizar a eleição e buscam votos entre os eleitores dos dois presidenciáveis.
A sabatina com Raquel Lyra foi conduzida pelos jornalistas Fabíola Cidral e Carlos Madeiro, do UOL, e José Matheus Santos, da Folha.
Clique e confira a sabatina completa:
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