Do G1 – Mais de três meses depois de ser arremessada de um brinquedo que girava no ar no Parque de Diversões Mirabilandia, em Olinda, a professora de inglês Dávine Muniz Cordeiro, de 34 anos, foi transferida de hospital, pela segunda vez desde o acidente, nesta quinta-feira (11). Primo da vítima, Ricardo Lima disse ao g1 que o quadro de saúde dela continua “gravíssimo”. A transferência foi realizada depois que a família fechou um acordo judicial com o parque.
“A perspectiva de que ela volte ao normal é zero. A gente está lutando para que ela consiga passar um certo tempo em ‘home care’. A gente está fazendo uma reforma na casa dela para que, quando a casa estiver pronta, a gente complete a desospitalização. Mas a chance de ela ficar boa é zero. E corre risco de óbito a qualquer momento”, afirmou Lima.
De acordo com Ricardo, a professora parou de responder a estímulos e perdeu metade do cérebro, tendo a parte neurológica “completamente afetada”.
“Humanamente falando, a possibilidade de ela sobreviver, de ser uma pessoa normal, é praticamente descartada. Ela é uma paciente que está com muitas infecções. […] Vai chegar uma hora em que não vai ter mais antibiótico para ela. Os rins dela já começaram a ter falha”, informou o primo da vítima.
Desde que sofreu o acidente, em 22 de setembro de 2023, Dávine Muniz Cordeiro passou por dez cirurgias de reparação, sendo duas no cérebro.
Acordo com o Mirabilandia
Dávine foi encaminhada, na manhã desta quinta (11), para o Hospital Ilha do Leite, que pertence ao plano de saúde da paciente. Até então, o tratamento era pago pelo Mirabilandia, que entrou em acordo com a família dela.
Antes de seguir para a terceira unidade hospitalar, a professora foi atendida no Hospital da Restauração, para onde foi levada logo após o acidente, e no Hospital São Marcos, também na Ilha do Leite, onde estava internada desde o início de outubro de 2023.
“A partir de agora, não existe mais parque. Vai ser entre ela e família. Para trás, foi esquecido”, disse Ricardo.
Segundo as advogadas que representam os parentes de Dávine, o acordo tem cláusula de confidencialidade e, por isso, não serão divulgados mais detalhes.
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