EXCLUSIVO, por Ricardo Antunes — A demissão no 14 de julho de José Edson Lucena Cisneiros, secretário executivo de gestão na Fundarpe, feito pelo Palácio do Campos das Princesas foi o principal motivo da demissão do ex-secretário de Cultura do Governo de Pernambuco, Silvério Pessoa. O secretário executivo foi exonerado do cargo acusado de assédio moral e misoginia contra um grupo de mulheres da Fundarpe.
Tão logo teve conhecimento do fato, a governadora Raquel Lyra ordenou a demissão de José Edson Lucena Cisneiros e isso provocou a ira do ex-secretário Silvério Pessoa que tentou reverter a situação, mas não conseguiu.
O ex-secretário, aliás, tinha sido alertado do comportamento autoritário do seu principal assessor. Como ia pouco ao trabalho e logo no início da tarde saia para dar aulas na universidade, o músico delegou tudo ao seu ex-secretário executivo e amigo de confiança, José Edson Lucena.
Essa função de secretário executivo de gestão, não existia no organograma da secretaria e foi criada apenas para abrigar o amigo de confiança de Silvério mesmo sem experiência na área.
Em uma das reuniões presenciadas por pelo menos cinco testemunhas, José Edson Lucena Cisneiros, ao ser questionado se levantou e colocou o dedo em riste no rosto de uma assessora da Fundarpe, comandada então por Renata Borga. “Quem manda aqui sou eu”, disse em tom ríspido e grosseiro.
Após a exoneração, José Edson ficou insatisfeito e com sede de vingança fez a denúncia anônima ao MPPE sobre falhas nos editais do Carnaval e do Circuito do Frio. A constatação, feita por uma fonte, bate com os prints de conversas que também foram anexadas na denúncia. Como esse grupo de Whatsapp era pequeno, obviamente, o próprio José Edson fez a denúncia.
“Estamos tranquilos por que são conversas naturais num grupo de Whatsapp e não demonstram nenhuma irregularidade”, disse uma fonte do Palácio, lembrando que a governadora assim que foi informada de toda a bagunça e acusações de assédio moral promovido de imediato tomou a decisão de exonerar José Edson Lucena.
Como revelado em janeiro por esse Blog, Silvério Pessoa, não tinha a menor aptidão para o cargo, que tem também funções meramente administrativas. Elas não são do espírito de um artista acostumado a produção de música e a atividade acadêmica.
Procurado, o ex-secretário não quis se manifestar sobre se estava ciente do comportamento do principal assessor José Edson Lucena Cisneiros. Também deixamos recados no Whatsapp e no fone do ex-assessor que até agora não respondeu ao nossos contatos. Oficialmente, a Fundarpe também não se manifestou. O espaço, claro, está aberto para que todos os citados se manifestem no chamado O Outro Lado.
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