segunda-feira, 31 de julho de 2023

Cultura popular com muito groove, punk e rap encerra o Polo Lo-Fi no 31º FIG.

Ricardo Labastier - SecultPE/FundarpeJanete Saiu para Beber une punk e hardcore à cultura popular.

No último domingo (30), a noite de encerramento do Polo Lo-Fi no 31º FIG mostrou que o Manguebeat continua vivo através de várias gerações de artistas pernambucanos. O público pulou e dançou ao som de muito punk, hip hop e rap com fortes referências de maracatu, ciranda, frevo e coco dos grupos Janete Saiu para Beber, Banda Viruz e Maracatu pro Mundo.

Direto do Cabo de Santo Agostinho, os meninos da Janete Saiu para Beber abriu a noite do palco esquentando o clima com um punk rock cuja percussão contou com alfaia, tambor, pandeiro e ganzá, traduzindo a cultura popular para a linguagem do hardcore. O repertório de músicas autorais contou com o reforço de outros artistas independentes como rapper o CaosMaria e a dupla Sete Palha. Na ocasião, o vocalista César Braga elogiou a participação do Polo Lo-Fi no FIG. “A gente queria dizer que esse palco é muito importante, porque abre oportunidade para muita gente nova, obrigado por isso”, agradeceu.

Logo em seguida, a Banda Viruz contaminou todo mundo com o groove do seu hip hop, que conta com batidas de coco e maracatu. Em 2023, o grupo comemora 30 anos de carreira trazendo versos sobre compromisso social e valorização da cultura popular nordestina. O conjunto também parabenizou a programação do festival por conta dos três polos dedicados à música underground, fomentando a cadeia de música independente.

Para fechar o palco, a banda garanhuense Maracatu pro Mundo trouxe sons diversos associado à levada do maracatu. As alfaias marcaram forte presença em todo o repertório, que foi desde composições autorais de rap e ciranda até releituras de sucessos nacionais, como o funk “Cavalo de Tróia”, de MC Kevin, e o rock de “Zóio de Lula”, de Charlie Brown Jr. A reverência ao Manguebeat foi evidenciada com covers de “Rios, Pontes e Overdrives” e “Maracatu Atômico”, gravadas por Chico Science e Nação Zumbi, sendo essa última de autoria de Jorge Mautner.

Promovido pelo Governo de Pernambuco, por meio da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), com investimento de R$ 11,6 milhões, o FIG 2023 reforçou a valorização do artista pernambucano, que compõe os 20 polos do festival, que prossegue até o próximo dia 31. São 398 atrações culturais. Desse total, 89,70% (357) selecionados pela convocatória são pernambucanos; e 10,30% (41) são de outros estados.

Nenhum comentário:

Postar um comentário