Palhaço Mucilon encanta o público que assistiu ao espetáculo Disney Circo no Picadeiro com a Família Vidal. |
O público infantil começou a movimentar o festival ainda pela manhã, quando aconteceram atividades de contação de história na Praça da Palavra. O espaço estava cheio de crianças, que interagiram com o conto da “Vaca Macaca”, escrito pelo autor pernambucano Eduardo Cesar Maia e publicado pela Cepe Editora. A fantasia foi narrada pela garanhuense Yalle Feitosa, que provocou a imaginação da plateia mirim propondo a criação de cenários e personagens.
Na ocasião, a contadora de histórias destacou a importância da atividade para a formação de novos cidadãos mais humanos. “Acho que o festival é uma verdadeira jóia por trazer diversidade, potência, e a possibilidade da gente poder ver o que está sendo produzido fora daqui e mostrar o que tá sendo produzido aqui. Acredito que o polo da palavra é um dos melhores, porque, através da palavra, essas crianças vão cuidar do mundo. É muito importante que a gente amplie os horizontes delas para que elas sejam pessoas melhores”, observou Yalle.
Além dos pequenos, os pais presentes também participaram da atividade e aprovaram o programa. “Achei maravilhoso para os meninos saírem da rotina e terem mais acesso à cultura. Os meninos amaram tanto a história, que vou comprar o livro. Foi super envolvente”, disse a pedagoga Amanda Diniz, mãe de Breno e Iuri, que têm 4 e 7 anos, respectivamente. Diante do sucesso, Juliana Albuquerque, que é coordenadora de Literatura na Secult-PE, destacou a importância da iniciativa para divulgar autores e viabilizar a venda de seus trabalhos. “Essa atividade é importantíssima para a formação de novos leitores e tem sido bonito ver o interesse das crianças”, disse.
À tarde, o público infantil encheu o Parque Euclides Dourado para se deliciar entre as barraquinhas de lanches locais e conferir as atrações da Lona de Circo e do palco Figuinho. No primeiro deles, o destaque foi o espetáculo “Disney Circo no Picadeiro com a Família Vidal”, que lotou o espaço, cuja capacidade é de cerca de 1200 pessoas. Entre as performances que divertiram e impressionaram pais e filhos tiveram números de contorcionismo, tecido, palhaçaria, passeio aéreo, força capilar e até mesmo apresentações de super-heróis, como o Homem-Aranha e o Hulk.
Entre os espectadores, o comerciante Caio César levou os filhos Luiz Gabriel, de 12 anos, e os gêmeos Davi Luiz e Luiz Antônio, de 4 anos, para ter contato com a diversidade cultural promovida pelo FIG. “O pessoal fica muito na tecla do palco principal, mas o festival vai muito além dos shows. É sempre uma ótima oportunidade para meus filhos terem convívio com o diferente através de polos como esse de circo”, analisou. A cantora Marília Ferro, de 23 anos, concordou com a importância de explorar todos os polos do evento. “Como eu sou daqui de Garanhuns, venho ao FIG desde pequena e aprendi cedo como é boa a programação diurna também. O circo, pra mim, é uma das principais e a Família Vidal sempre vem, gosto muito deles”, avaliou ela, que evidencia como a programação da tarde é para todas as idades.
Prova disso é o espetáculo “A Peleja de Leandro na Trilha do Cordel”, do grupo Imbuaça, que encheu o palco do polo Figuinho na tarde do domingo. Apesar de não ser uma montagem infantil, a peça prendeu a atenção das crianças que passavam por lá e se interessaram pela história do poeta Leandro Gomes de Barros, que se projetou no Recife, no início do século 20. “É muito gratificante pra gente poder comungar com todas as pessoas indistintamente, independente da faixa etária”, disse o ator Lindolfo Amaral. O eletricista Alexandre Guilherme, que passeava pelo Parque com o filho Gabriel, de 7 anos, parou por lá e não se arrependeu. “Eu e ele gostamos muito da peça e fico feliz de poder contar com essa programação para repassar a cultura do nosso Estado para ele”, concluiu.
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