O espetáculo de dança propôs debate sobre a importância da água pra humanidade movimentou o Teatro Reinaldo de Oliveira na última sexta (21)
Centenas de pessoas escolheram se aquecer do frio da primeira noite do 31º FIG no Teatro Reinaldo de Oliveira, localizado na CPC do Sesc Garanhuns. O espaço contou com o espetáculo de dança “Sopro D’água”, que fechou a sexta-feira do equipamento em grande estilo. Encenada pela atriz e bailarina Gabriela Holanda, a obra traz reflexões sobre a relação entre a humanidade e a água.
A partir da trilha sonora de Thiago Neves, a artista performou uma coreografia que aproxima o corpo do elemento hídrico, destacando como o líquido integra a nossa composição orgânica, nos conferindo fluidez e capacidade de adaptação. O repasse de saberes e a continuidade da nossa história através das gerações é representada pela transmissão de água entre bacias, como um rio que segue o seu curso durante os anos desaguando em seus afluentes. A performance ainda é reforçada pela poesia de Lucas Holanda, provocando a plateia a pensar como a água é essencial para a constituição orgânica humana, de modo que uma crise hídrica equivale ao colapso do corpo.
Ao expor que o corpo e a água partilham da mesma matéria, o espetáculo, cuja direção é assinada por Daniele Guimarães, evidencia o impacto negativo que a falta de água pode proporcionar na vida do planeta. Diante de considerações simbólicas tão contundentes, o público presente aplaudiu de pé o espetáculo, que já circulou por vários cidades do Brasil e de Pernambuco, neste último caso através de incentivo do Funcultura.
“Há muito tempo que a gente queria estar aqui, que é um festival tão importante. É muito bom poder se apresentar em um equipamento cultural como esse, que é um espaço raro. Devemos dar muito valor a isso”, disse Gabriela Holanda na ocasião. A programação do Teatro Reinaldo de Oliveira segue neste sábado com a montagem “Narrativas encontrada numa garrafa pet na beira da maré”, enquanto que a Sala Cênicas, também no CPC, terá “Atman: Espetáculo de Dança Odissi”, às 19h, e “A Mulher Monstro”, às 21h.
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