O encerramento da programação do Figuinho dentro do 31º FIG foi um sucesso entre pais e filhos. Com o show “Zé Tamanquinho”, o percussionista Lucas dos Prazeres deu uma aula de cultura popular para o público infantil, que também envolveu os adultos que foram até o polo na tarde do último domingo (30). Antes, as atrações “Ziguezague: dança e artes visuais para crianças” e Mamulengo Flor do Mulungu também encantaram a meninada com muita ludicidade.
Diante de uma plateia mirim entusiasmada, que encheu o polo para se despedir do 31º FIG, Lucas dos Prazeres ensinou na prática as diferenças entre grupos maracatu, maracatu nação e maracatu rural, além de ter apresentado outros ritmos populares à meninada, como o coco, a ciranda e o xote. Todo o repertório foi atravessado por muita interatividade colocando os pequenos para reproduzir as dinâmicas e os passos de dança dos brinquedos populares. Ao final, o músico incentivou a continuidade das tradições ao afirmar que todos eram agora guardiões dos saberes de diversas expressões culturais nordestinas, podendo repassar o seu conhecimento para outras pessoas.
“Criei o personagem do Zé Tamanquinho com a intenção de fazer a salvaguarda das nossas brincadeiras populares. A nossa cultura tradicional está caindo em esquecimento e sua preservação não se dá através de objetos expostos em um museu, porque todas essas brincadeiras tradicionais da cultura popular são vivências, portanto elas se preservam brincando”, comentou o artista, na ocasião.
Com a participação da mãe, Conceição dos Prazeres, de 62 anos, e da sobrinha Ana Cássia, de 8 anos, Lucas buscou mostrar que os saberes da cultura popular devem ser passados através das gerações. “É importantíssimo trazer esse projeto pra um festival como o FIG, que já tem uma longevidade e uma tradição, atraindo pessoas do Brasil inteiro. Tanto pra gente ilustrar a nossa cultura popular, como também para mostrar que essas expressões culturais são nordestinas e, sobretudo, brasileiras, portanto o País inteiro deve preservá-las”, pontuou ele, que também circula com o projeto em escolas. “O objetivo é plantar a sementinha da cultura popular na primeira infância, mas trouxemos para o palco porque democratiza o aprendizado para todas a idades”, concluiu ele, que vibrou com pais e filhos.
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