A exposição é uma das ações celebrativas ao aniversário de 50 anos da Fundarpe e reúne informações sobre os bens culturais de Pernambuco
A exposição “Patrimônios de Pernambuco”, realizada pela Gerência Geral de Preservação do Patrimônio Cultural da Fundarpe, tem como ponto de partida o conteúdo da 4ª edição da Cartilha Patrimônios de Pernambuco: Materiais e Imateriais, lançada no último sábado durante o FIG, na Praça da Palavra Luís Jardim. A exposição é uma das ações celebrativas ao aniversário de 50 anos da Fundarpe e reúne informações sobre os bens culturais de Pernambuco, sua localização e os processos de reconhecimento.
Trazendo recursos lúdicos, a exposição permite a interação do público com o universo cultural do Estado, contando com quebra-cabeças sobre as categorias de Patrimônio Cultural. Na exposição, o visitante é também convidado a participar do processo de Tombamento da Cruz das Almas, edificação religiosa situada na Comunidade Quilombola do Castainho, Garanhuns. A proposta é que todos os visitantes aprendam, reflitam, brinquem com o patrimônio e sintam-se motivados a atuar em seu reconhecimento e proteção.
FUNDAÇÃO E LEGADO – A Fundarpe celebrou no último dia 17 de julho os 50 anos de sua criação, no dia 17 de julho de 1973. A instituição é reconhecida por ter uma forte história ligada à preservação e a salvaguarda do patrimônio cultural e dos monumentos históricos e artísticos, bem como à implementação e execução da política cultural de Pernambuco em todas as suas dimensões e expressões, e do incentivo à cadeia produtiva da cultura no Estado. Para comemorar este marco, a instituição lança o projeto Fundarpe 50 anos, com a realização de um conjunto de ações comemorativas.
Ao longo dos seus cinquenta anos, a Fundarpe tem sido uma das mais importantes instituições que atuam na preservação do patrimônio cultural no Brasil. Essa importância se dá por meio do trabalho em muitas frentes, com destaque para a preservação e proteção dos bens culturais de Pernambuco, usando sempre da pesquisa, da identificação e dos instrumentos legais para garantir a defesa e o legado da memória.
Neste contexto, destaque à relação direta com a sociedade civil, por meio do Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural, que, em 2014, substituiu o antigo Conselho Estadual de Cultura, ambos responsáveis por deliberar o Tombamento dos Bens Culturais Materiais. A partir de 2018, o colegiado também ficou responsável por analisar os processos de Registro do Patrimônio Cultural Imaterial de Pernambuco. Outra responsabilidade do CEPPC é a escolha dos dez novos Patrimônios Vivos de Pernambuco.
Cabe à Fundarpe a realização dos estudos e análises técnicas que atestam não apenas as informações históricas sobre cada bem cultural, mas também fundamentam as diretrizes de preservação e salvaguarda. Além disso, a fiscalização e monitoramento frequente das condições dos bens culturais protegidos, sempre em parceria e articulação direta com os seus proprietários (entes privados ou públicos), e com as comunidades onde estão esses bens culturais. Simultânea a essas iniciativas, é papel da instituição orientar aos proprietários e gestores de bens culturais como aplicar medidas de preservação mais adequadas a cada tipo de bem cultural.
Por meio do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura), há mais de vinte anos é possível a sociedade civil acessar linhas de financiamento para projetos que contemplam pesquisas, elaboração de projetos de intervenção e ou acessibilidade em bens tombados, restauração em bens móveis e integrados, ações de educação patrimonial, produção de livros, sites, programas, jogos, pesquisas, inventários e ações de salvaguarda. Projetos que têm contribuído para ampliar o alcance das ações de preservação e garantir a participação da sociedade em diferentes níveis de envolvimento.
Outro resultado de destaque é a aplicação do concurso de Registro do Patrimônio Vivo do Estado de Pernambuco que, desde 2002, já registrou e titulou oitenta e cinco mestres, mestras e grupos que passaram a receber a bolsa mensal que colabora para a manutenção de suas atividades culturais e preservação do legado artístico e cultural do Estado.
Em relação ao Patrimônio Cultural Imaterial, os inventários produzidos pela Fundarpe ou com recursos do Funcultura têm colaborado para o Registro de Bens Culturais de Natureza Imaterial em âmbito nacional possibilitando o desenvolvimento de políticas públicas e medidas de salvaguarda mais estruturantes.
Por fim, ressalta-se ainda a importância da Educação Patrimonial e da difusão do Patrimônio cultural por meio da realização da Semana Estadual do Patrimônio Cultural de Pernambuco, reconhecida pela Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco por meio da Lei nº 17.851 de 22 de junho de 2022, e que em 2023 irá para a sua 16ª edição.
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