quarta-feira, 26 de julho de 2023

Poesia, rock e coco dão o tom da 4ª noite do polo Pernambuco Lo-Fi

Fran Silva - SecultPE/FundarpeA banda Fada Carabina existe desde 2018.

Com o show do disco “Moldura”, o cantor Tonfil levou a lírica dos poetas de São José do Egito e dos compositores pernambucanos para o palco Pernambuco Lo-Fi, na noite da última segunda-feira (24). A apresentação manteve a movimentação no Parque Euclides Dourado, onde está instalado o polo, com um público dedicado à cena independente e interessado em apresentações mais intimistas, como a do artista.

Para esquentar a noite da plateia, o músico apresentou o seu repertório, cuja proposta estabelece um diálogo com a MPB e com a produção do estado. Para os mais curiosos, o cantor sempre indicava quem havia composto suas canções, traçando um panorama de autores de diferentes gerações. Assim, o publicou balançou ao som de músicas como “Zanga”, de Gean Ramos e Juliano Holanda, “Queimando de Amor”, de Joana Terra e PC Silva, e “Ainda Agora”, de Lula Queiroga, todas interpretadas por Tonfil no disco “Moldura”. Seu primeiro trabalho musical, o disco “Acontecer”, que foi lançado em 2011, também ganhou espaço na apresentação com “Balada da Sibita Baleada”.

Parte da Família Marinho, de São José do Egito, que é conhecida pelos seus trabalhos em poesia, Tonfil também reservou alguns momentos do show para recitar versos, como os de “Cântico Negro”, de José Régio. A receita fez sucesso e a plateia terminou a noite pedindo bis, que foi atendido com “Galope Rasante”, de Zé Ramalho. “O FIG é uma das maiores vitrines pra gente mostrar o nosso trabalho, porque tem esse apelo multicultural onde vários trabalhos conseguem se encontrar. Dentro dessa programação, há várias entradas, o que tem uma importância enorme”, observou o cantor, na ocasião.

Prova dessa pluralidade, horas antes o polo iniciou com o Coco de Toré Pandeiro e logo depois foi tomado de fãs da banda de rock garanhuense Fada Carabina. Diante da vibração do público fiel, o grupo se dividiu entre o repertório autoral, com músicas como “Overdose” e “Péssima influência” e covers de nomes, como Marina Lima, Engenheiros do Hawaí e Johnny Cash. “Esse palco é muito importante para cultura como um todo, porque temos aqui artistas magníficos e é muito bom poder dar visibilidade a eles. É sempre uma honra pra gente tocar aqui, é uma janela incrível”, disse o vocalista Alvim, que se apresenta no festival com a banda pela terceira vez.

TERÇA-FEIRA (25)

Hoje, o polo segue agitando o Parque Euclides Dourado abrindo espaço para expressões culturais diversas. A partir das 18h, o palco receberá os shows da cantora garanhuense Karla Cybele, o metal do grupo Crush e o reggae da N’Zambi.

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