Bucólico polo no Parque Ruber van der Linden (Pau Pombo) mantém tradicional valorização do talento de instrumentistas de Pernambuco
Jazz band, guitarra e percussão. A terceira noite do Palco Instrumental do Festival de Inverno de Garanhuns 2023, no Parque Ruber van der Linden, nesta sexta-feira (28), deu mais uma amostra do quão variada e diversa é a música do Estado.
O polo instrumental é importante porque coloca uma lente de aumento no trabalho dos músicos que normalmente integram bandas e acompanham outros artistas.
Ainda no fim da tarde, a Mobile Jazz Band, de Garanhuns, mostrou no palco aquilo que sua antecessora, a Street Jazz Band já fazia (jazz dos anos 1920-30) agora com uma pegada mais contemporânea, que agrega blues e rock ao dixieland. No final, desceu, à moda antiga, para tocar juntinho da plateia.
Junior Cap é representante da tradição de guitarristas pernambucanos. Para se apresentar no FIG, formou um power quartet com Bráulio Araújo (baixo 6 cordas), Ebel Perrelli (bateria) e Diego Drão (piano elétrico e Hammond). “Tenho a sorte de tocar com amigos, irmãos. E que também são meus ídolos”, elogiou. Já à noite, fez um repertório baseado em seu álbum solo, No Último Volume, acrescido de standards de Curtis Mayfield, The Beatles e Gilberto Gil.
E outra tradição da música do Estado, a da percussão, foi representada por Gilú Amaral. Fundador da Orquestra Contemporânea de Olinda, Gilú trouxe para o FIG o show que já levou para várias cidades do Brasil e da Europa, em que se apresenta com o DJ Rimas, Inc.
A exemplo do mestre Naná Vasconcelos, Gilú é um músico que ele próprio, em carne e osso, confunde-se no palco com o vasto acervo de instrumentos percussivos e de caminhos sonoros que trilha em suas composições. A mistura com a eletrônica potencializa ainda mais os resultados. O público entendeu e interagiu o tempo inteiro no Pau Pombo. Quem estava sentado ficou de pé e todo mundo caiu na dança.
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