Frejat participa do encerramento do FIG - Foto Hannah Carvalho-Secult-Fundarpe
O 31º Festival de Inverno de Garanhuns chegou ao seu grande final, com o reinado da cultura consagrado, em 23 polos e palcos que valorizaram o artista e a tradição pernambucanos. Das 560 contratações do festival, mais de 50% foram de música e de cultura popular. Foram dez dias intensos. A despedida ocorreu com o show da menina que sempre dança, Baby do Brasil, que terminou às 2h da madrugada. A noite foi também de tributo a Cazuza, no show dedicado a ele por Almério e nos sucessos do Barão Vermelho interpretadas pelo seu ex-parceiro musical Frejat.
Ao deixar a Praça Mestre Dominguinhos com o corpo cansado para encarar a neblina fria, o público tinha uma certeza: de 18 a 28 de julho de 2024 a agitação estará de volta na 32ª edição do FIG.
O anúncio da data foi feito com um ano de antecedência ainda na tarde do sábado pelo Governo de Pernambuco, que realizou todas as edições do festival por meio da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe). Com a divulgação antecipada do cronograma, o Governo do Estado poderá aperfeiçoar ainda mais a realização e produção da 32° edição.
Durante o todo o dia a movimentação foi intensa nos parques, polos e parques repletos de atividades do FIG. Este ano foram 560 atrações culturais durante os dez dias. Um dos maiores sucessos do FIG 2023, o show de Adilson Ramos no Palco Instrumental lotou o Parque Ruber Van Der Linden de fãs, coroando a ousadia de estender a programação até o domingo. A cada sucesso que ele cantava o público delirava, cantava e aplaudia. Desde o final da tarde que foram ocupando todos os espaços de uma das áreas mais agradáveis de Garanhuns.
À tarde, mais uma vez, uma longa fila se formou na entrada da Lona de Circo Índia Morena. A atração era a própria circense Patrimônio Vivo de Pernambuco que dá nome ao espaço fazer a sua apresentação no picadeiro, onde está há 70 dos seus 80 anos. Bem perto dali o Figuinho recebia o show infantil do percussionista Lucas dos Prazeres enchendo os olhos das crianças e também dos adultos. Foi um dia intenso de atividades espalhadas por todos os cantos da cidade.
O encerramento do novo Polo Zé da Macuca o encerramento foi no melhor estilo prévia carnavalesca pop, misturando frevo, reggae e rock, com o show comemorativo de 20 anos do Original Olinda Style da Banda Eddie, tocando os sucessos do disco e outros hits da carreira. No show anterior, o ex-baixista da banda Roger Man levou seu suingue também olindense com a sua Bonsucesso Samba Clube. A folia também esteve presente no novo e bem-sucedido Palco Regionalidades, onde se apresentou o performático Ciel Santos e uma das vozes do Galo da Madrugada, a cantora Nena Queiroga.
Dentro do vasto leque musical do FIG cabe todos os gêneros. No Palco Conservatório, a ex-aluna e pianista de trajetória internacional Maria Clara Fernandes fez um belo concerto com um repertório que foi de Bach a Piazzolla.
BALANÇO - Para a realização do FIG deste ano, o Governo de Pernambuco investiu R$ 14,5 milhões por meio da Fundarpe em contratações. Ao todo, o investimento chega a R$ 15 milhões, com as ações desenvolvidas pelo Conservatório Pernambucano de Música, Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) e Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Adepe) e Secretaria de Comunicação.
O festival também tem como parceiro o Sebrae, que garantiu ainda mais R$ 430 mil em ações durante o festival. A cultura reinou em 23 polos e palcos. Das 560 contratações artísticas, mais de 50% foram de música e de cultura popular, movimentaram os polos e palcos durante dez dias.
Na programação do festival, 89,70% (357) dos selecionados pela convocatória lançada pela Secretaria de Cultura e Fundarpe eram pernambucanos; e 10,30% (41) de outros estados. Este foi o FIG que mais valorizou o artista de Garanhuns, presente em todos os palcos. Foram 29 atrações. O reconhecimento ao protagonismo que conquistaram nesta edição foi exaltado em cada apresentação.
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