Por Edmar Lyra
A eleição para o Senado em Pernambuco em 2026 começa a se desenhar com novos contornos, e um dos nomes que ganha relevância é o do senador Fernando Dueire (MDB). Pesquisa divulgada pela Real Time Big Data e publicada pela CNN Brasil mostra que Dueire aparece com 9% das intenções de voto, resultado que o coloca em terceiro lugar na corrida. À frente dele estão Humberto Costa (PT), com 22%, e Silvio Costa Filho (Republicanos), com 17%. Apesar da distância, o desempenho do emedebista representa crescimento consistente em relação a levantamentos anteriores, o que o credencia como um nome competitivo.
A disputa ganha ainda mais complexidade pelo fato de Pernambuco eleger dois senadores em 2026. Isso amplia o leque de possibilidades e dá mais espaço para candidaturas que, a princípio, poderiam ser vistas como coadjuvantes. Nesse cenário, o avanço de Dueire não pode ser subestimado: se mantiver o ritmo, poderá figurar entre os dois mais votados, desafiando diretamente nomes já consolidados da política estadual.
O fortalecimento da sua pré-candidatura não se resume aos números da pesquisa. Dueire já contabiliza mais de 25 prefeitos pernambucanos em sua base de apoio, o que lhe garante presença sólida tanto no interior quanto no litoral. A capilaridade municipal é um ativo fundamental em eleições majoritárias, especialmente no Senado, em que a confiança no candidato e a proximidade com as comunidades têm peso significativo. Prefeitos são peças-chave na mobilização política e podem fazer a diferença na construção de um resultado competitivo.
Outro ponto favorável a Dueire é sua imagem de político técnico e articulador em Brasília. Com trajetória marcada pelo diálogo e pela atuação discreta, ele vem sendo percebido como uma alternativa capaz de representar Pernambuco com equilíbrio no Congresso. Sua narrativa busca fugir das amarras da polarização, apresentando-se como um nome que une experiência administrativa e capacidade de articulação em prol de resultados concretos para o estado.
Para analistas, o desafio do emedebista é transformar o apoio municipal e o crescimento nas pesquisas em visibilidade junto ao eleitorado mais amplo. A tendência, no entanto, é de que, com duas cadeiras em jogo, o campo eleitoral se torne mais aberto e menos concentrado em nomes de maior tradição. Isso cria um ambiente propício para candidaturas que consigam mostrar viabilidade e se conectar com diferentes perfis de eleitores.
Com ainda mais de um ano para o pleito, o cenário permanece em aberto, mas Fernando Dueire já não pode ser tratado como figurante. Sua ascensão demonstra que ele está disposto a disputar de forma competitiva e equilibrada, consolidando-se como alternativa real para uma das duas vagas. Se mantiver o ritmo de crescimento e ampliar sua presença nas regiões estratégicas do estado, pode chegar a 2026 em condições de dividir protagonismo com Humberto Costa e Silvio Costa Filho, tornando a eleição para o Senado em Pernambuco uma das mais acirradas do país.
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