Diferenças políticas à parte, Raquel se fotografa com Lula, ambos sorridentes
Da Redação do Blog – Ausente propositadamente das duas últimas visitas do presidente Lula a Pernambuco, a governadora Raquel Lyra (PSD) fez questão de demonstrar, na quinta-feira (18), em solenidade no Palácio do Planalto, que o distanciamento político está longe de representar afastamento administrativo.
Não só posou em fotografias ao lado dele, como mandou divulgar os projetos pernambucanos beneficiados pelo PAC da Drenagem e Contenção de Encostas, o motivo da solenidade.
Em longa entrevista à Rádio Jornal, na terça-feira, ela ressaltara que continua mantendo excelentes relações com o Palácio do Planalto, que o governo federal tem dado apoio financeiro firme a empreendimentos em Pernambuco e condenou o distanciamento de seus antecessores com Brasília por diferenças políticas e ideológicas.
“Não podemos nos dar ao luxo de dizer olha, eu aqui consigo me resolver, eu governo um país e vou solucionar meus problemas sozinha”, chegou a declarar, na entrevista, referindo-se à necessidade de dinheiro federal.
Quebrando os procedimentos anteriores, a governadora não acompanhou o presidente da República em agenda em Salgueiro, no Sertão, em 28 de maio, para obras de transição do Rio São Francisco, e em 14 de agosto, em eventos em Goiana e no Recife. Como seria de praxe, evitou até acompanhar uma visita da primeira-dama Janja da Silva, dois dias antes da última vinda do marido, a Itapissuma e Itamaracá, na Região Metropolitana do Recife.
A aparente descortesia tinha uma profunda razão política: 2026 está na porta e seu PSD terá candidato à Presidência da República, seja o governador Ratinho, do Paraná, filiado ao partido, seja o governador paulista Tarcísio de Freitas, do Republicanos.
Diferenças políticas, no entanto, não significam divergências administrativas, como Raquel enfatizou na entrevista na Rádio Jornal. Pelo contrário, demonstrou ela na quinta-feira, pegando um avião no Recife, pousando em Brasília por volta das 14h, indo em seguida festejar no Planalto o PAC da Drenagem e Contenção de Encostas com direito a fotografias com Lula, e regressando à noite ao Recife levando do PAC R$ 712 milhões.
O pragmatismo de Raquel permitirá aportes de R$ 44,4 milhões para Olinda, na revitalização da foz do Rio Beberibe, R$ 198,9 milhões para Itamaracá, em drenagem urbana, e para obras de contenção de encostas, R$ 431.7 milhões para Jaboatão dos Guararapes, reduto do PL, opositor ferrenho do presidente Lula, e R$ 37,4 milhões para Paulista.
Outros 10 municípios pernambucanos também serão contemplados: Recife, reduto eleitoral do seu concorrente à reeleição João Campos (PSB), Cabo de Santo Agostinho, Floresta, Limoeiro, Camaragibe, Vitória de Santo Antão, Serra Talhada, Palmares, Ribeirão e São Vicente Férrer.
Em resumo, o novo mote de Raquel Lyra tem sido o de palanques à parte, mas dinheiro federal nos cofres.
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