Por Edmar Lyra
Em uma eleição extremamente parelha como a que estamos vivenciando para governador de Pernambuco, em que há um empate técnico entre os principais adversários de Marília Arraes para levar o seu concorrente ao segundo turno, o eleitorado do Recife se mostra estratégico e determinante para a definição do segundo colocado. Danilo Cabral conta com o respaldo de João Campos, Anderson Ferreira aposta no bolsonarismo, enquanto Raquel Lyra aposta na inserção de Priscila Krause e Daniel Coelho na capital pernambucana.
Com maior densidade eleitoral no sertão, Miguel Coelho precisará reforçar o voto na capital pernambucana para poder garantir sua presença no segundo turno, e por isso passou a colocar o ex-ministro Mendonça Filho, que disputou a prefeitura do Recife em 2020 e ficou na terceira colocação, em seu guia eleitoral. A expectativa de Miguel é que o eleitor de centro-direita, mais simpático a Mendonça, possa optar pela sua candidatura.
A estratégia de Miguel é inteligente e poderá ser uma cartada final para reagir neste momento decisivo da eleição, pois conseguindo vincular parte do eleitorado que optou por Mendonça na disputa municipal poderá carimbar sua ida ao segundo turno contra Marília Arraes.
Miguel também adotou uma estratégia mais incisiva contra os seus outros adversários, fazendo comparação da sua gestão com as de Anderson Ferreira e Raquel Lyra, e criticando os mandatos de Danilo Cabral, associando-o ao governador Paulo Câmara e de Marília Arraes, a quem afirma não ser uma boa parlamentar. A campanha do União Brasil acredita que a ida de Miguel Coelho ao segundo turno poderá virar o jogo e derrotar Marília.
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