quarta-feira, 21 de setembro de 2022

PSB arma roubo dos votos de Marília

Do blog do Magno Martins


O jornal O Poder, no qual sou sócio com José Nivaldo Júnior, trouxe, ontem, uma informação bombástica: a existência de um esquema, montado pela usina de maldades do PSB, para “roubar” os votos de Marília Arraes, candidata do Solidariedade ao Governo de Pernambuco, líder inconteste em todas as pesquisas.

Como funcionaria? Segundo o jornal, milhões de santinhos estão sendo produzidos trazendo uma foto de Lula com Marília, com a mensagem: VOTE ASSIM. Lula 13. Marília 13. No verso, os tradicionais quadradinhos ensinando como votar. Federal, estadual, senador, em branco. Governador, 13. Presidente, 13.

As peças estão sendo rodadas em gráficas manipuladas pela turma   objeto da Operação Casa de Papel, da Polícia Federal. A PF identificou, mas não desmontou o esquema que se reciclou rapidamente e continua operando nos mesmos moldes, tanto no Governo do Estado como na Prefeitura do Recife. O leitor não familiarizado com a política de Pernambuco pode estar se perguntando por que o PSB de Paulo Câmara faria a gentileza de distribuir propaganda da adversária.

Acontece que Marília Arraes era petista. Muito identificada com Lula, pelo eleitorado. Disputou a Prefeitura do Recife dois anos atrás com o número 13. Este ano, inviabilizada como candidata ao Governo, saiu do PT e passou para o Solidariedade, partido que faz parte do arco de alianças nacionais de Lula. Mas, ao sair do PT, Marília deixou para trás o número 13, que estava – e está –  na cabeça do eleitor.

Essa realidade foi identificada e mapeada pela usina de maldades, através de minuciosas pesquisas. Esses levantamentos revelaram que o eleitor dos rincões é das periferias, onde se encontra o grosso do arraesismo do qual Marília é herdeira, e do lulismo, com o qual é identificada pelo eleitor, e desconhece que Marília agora é 77. Quem votar 13 para governador e confirmar, simplesmente anula o voto.

O PSB tem ramificações em todo o Estado, tem agentes nas menores e mais remotas localidades. A “Operação 13”, subterrânea e silenciosa, está em pleno curso. Cesteiro que faz um cesto, faz um cento de cestos, diz a sabedoria popular. O esquema está armado, em curso e azeitado. Se ninguém fizer nada, se a polícia não entrar em ação, Marília pode sofrer um baque inesperado.

Usina de maldades – Essa turma do PSB de Paulo Câmara não aprendeu a governar. Mas, sem dúvida, aprendeu a ganhar eleições jogando o mais baixo possível. Para não ir longe: em 2020, Marília estava com uma vantagem confortável no segundo turno. A usina de maldades entrou em ação. Desfechou ataques a Marília, por todos os meios, do panfleto ao rádio e à televisão. Diziam que se Marília ganhasse a quadrilha de Lula, Delúbio e a turma de Zé Dirceu iam tomar conta da Prefeitura.

Jogo sujo em 2020 – O ponto culminante das baixarias foi, digamos, espetacular. Militantes do MST, alguns verdadeiros, devidamente subornados e outros simplesmente fakes, ocuparam nos últimos dias antes da eleição, aos gritos ameaçadores e com bandeiras vermelhas, as principais avenidas da cidade. Chegaram a invadir o Shopping mais elegante, aos gritos: “Marília vai ganhar e a gente vai mandar”. Resultado: a classe média amedrontada correu para o candidato do PSB que virou o jogo e ganhou a Prefeitura.

Ataques … – Os dois candidatos que lideram as pesquisas de intenção de voto para a Presidência da República dividiram seu tempo na propaganda eleitoral gratuita de ontem para atacar um ao outro e fazer novas promessas para tentar atrair e consolidar eleitorado a menos de duas semanas do primeiro turno – que será em 2 de outubro. Após dedicar os dois últimos comerciais apenas para atacar Lula (PT) e relembrar as denúncias de corrupção nos governos petistas, a campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) levou o candidato à reeleição de volta à tela e fez promessas para a educação pública.

E contra-ataques – O programa de Lula na TV trouxe trechos de falas do presidente Bolsonaro sobre economia, buscando desmenti-lo. O atual presidente foi mostrado dizendo que não há pessoas passando fome no Brasil ou pedindo pão na porta de padarias e foi confrontado com os dados que apontam 33 milhões de brasileiros sem o suficiente para comer. Boa parte do programa petista foi dedicado a criticar a falta de aumento real (acima da inflação) do salário mínimo ao longo do governo Bolsonaro. “R$ 1,200 é muito pouco”, diz Lula, na peça. “Nós vamos continuar aumentando o salário mínimo e provar que isso não quebra a economia”, completou ele.

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