sábado, 17 de setembro de 2022

Prestes a perder o reinado para uma mulher, PSB mantém a tradição de perseguir suas filiadas






Por Roberta Xavier*

O meio político está em ebulição diante da ameaça do PSB de expulsar a deputada Simone Santana da legenda. A cúpula do partido acusa, sem provas, a parlamentar de ter subido no palanque de Marília Arraes. Aponta o dedo para Simone pelos atos do marido, o ex-prefeito de Ipojuca Carlos Santana, que esteve no mesmo ato que Marília em evento no município. Contra ele, nada foi feito.

Da mesma forma, o candidato a deputado federal Guilherme Uchôa Júnior permanece intacto, mesmo após ter declarado apoio explícito ao candidato Miguel Coelho em recente evento em São Lourenço da Mata. Há quem pense que Uchôa não foi atingido porque tem aliança em diversos municípios com o presidente do partido, Sileno Guedes. O presidente-candidato deve receber cerca de 10 mil votos com essa dobradinha.


Não é de hoje que o PSB se aproveita de sua hegemonia política para perseguir suas filiadas. Quem não se lembra da maneira com que difamaram Raquel Lyra pelos quatro cantos do Estado? Ou mesmo quando chamaram a cadela do partido de Marília? Ambas deixaram a legenda enxotadas pelos caciques socialistas. Ambas pontuam nas pesquisas à frente do candidato Danilo Cabral.

Existe um termo que resume bem as atitudes do PSB contra Simone, Raquel e Marília. É violência política contra a mulher. Por ironia do destino, parece que o reinado do partido em Pernambuco cairá pelas mãos de uma delas.

*Bacharel em ciências políticas pela UFPE

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