Na disputa pelo Senado, Teresa Leitão, candidata do PT, subiu 20 pontos impulsionada pela propaganda eleitoral no rádio e na TV casada com a imagem de Lula. E por que isso não se deu com Danilo Cabral, candidato do PSB ao Governo do Estado que só falta beijar o ex-presidente na sua propaganda?
Porque, diferente de Teresa, petista raiz e fortemente engajada nos movimentos sociais, Danilo é visto como um caroneiro tentando tirar vantagem na popularidade do petista. Some-se a isso dois outros fatores preponderantes: o desgaste do Governo Paulo Câmara e a falta de empatia do candidato.
O discurso de Danilo também é chato, repetitivo e cansativo. Fala muito mais em Lula e Eduardo do que das suas virtudes e capacidade de governar o Estado. Quando trata de propostas, ninguém leva a sério. A duplicação da BR-232, por exemplo, poderia ter prometido até Arcoverde, projeto de Eduardo Campos, e não até Serra Talhada. Isso foi desacreditado pela população.
Outra proposta mirabolante: transformar Pernambuco no Estado da menor taxa do IPVA, imposto que seu padrinho Paulo Câmara elevou a níveis exorbitantes. Prometeu também, e igualmente ninguém acreditou, deixar a Compesa modelo em distribuição de água no País. A estatal é a mais desacreditada da população.
Danilo, por fim, não decolou e tende a ser o último na disputa no primeiro turno, porque nunca superou a imagem de candidato improvisado, um tapa-buraco, porque o nome natural do PSB era o ex-prefeito do Recife, Geraldo Júlio.
Por fim, Danilo não consegue atrair o eleitorado petista e lulista porque, quando secretário em Pernambuco, licenciou-se do cargo para assumir o mandato em Brasília de deputado federal e votar a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Os petistas não perdoam Danilo por ter contribuído para tirar o PT do poder.
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