A festa considerada a maior e mais antiga festa de música brasileira de Pernambuco, volta às atividades na próxima terça-feira (6) convidando três bandas e com discotecagem do mentor e DJ residente, 440
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Fotos: José Britto |
Conhecida por juntar uma multidão nas atividades realizadas ao longo de toda sua história, a festa de música brasileira do DJ 440, Terça do Vinil, volta depois de uma pausa desde o verão. Ao longo da pandemia, o selo foi o primeiro a realizar edições on-line e na flexibilização experimentou outros formatos para continuar o diálogo com o público e também como forma de buscar via de respiro para o trabalho na área cultural, que de todos os segmentos, foi um dos mais afetados. Desta vez, a atividade vai receber um público maior no espaço Catamaran, localizado à beira do rio Capibaribe, na próxima terça-feira (6), reunindos as bandas pernambucanas Dunas do Barato e Dizmaia, que tocam clássicos da música brasileira em seu repertório e ainda a bateria Sambadeiras,maior grupo percussivo feminino do estado.
O projeto, que em breve completa 15 anos de realização, já percorreu praças, ruas, equipamentos culturais icônicos do Estado e diversos espaços privados, precisando se adaptar aos contextos de cada época para continuar realizando. “Sempre acreditamos no acesso democrático à cultura, em tornar a música algo parte da vida das pessoas. Somos um projeto independente, sem nenhum patrocínio e ainda operamos de forma a tentar ao máximo entregar muito ao público. E estamos felizes em continuar fazendo isso da maneira que conseguimos e garantindo o protagonismo do que importa: a boa música”, comenta o DJ 440, idealizador e DJ residente do projeto.
Logo depois do último carnaval antes da pandemia, onde a Terça do Vinil marcou presença no palco do Marco Zero, tocando pra cerca de 300 mil pessoas na terça de carnaval, o projeto fez apenas uma edição open air no Catamaran e e poucos dias depois foi anunciada a pandemia global. “São mais de dois anos sem uma atividade para um público numeroso, como estamos acostumados. Experimentamos outras formas de fazer na flexibilização da pandemia e agora, mais recentemente, no pré e pós Carnaval, mas ainda assim com público limitado. Desta vez vamos armar um grande baile, como este reencontro merece”, completou o DJ 440.
Mesmo com as atividades suspensas, a Terça do Vinil manteve seus conteúdos ligados à música brasileira ativos nas redes. A festa foi a primeira em Pernambuco a realizar transmissões dos live sets do DJ 440, com grande de alcance nacional e internacional. “Não paramos de produzir outros conteúdos ao longo da pandemia.Tivemos quadros de entrevistas com artistas no nosso Instagram, lançamos uma lojinha de LPs, e fizemos várias lives com boas audiências. Mas claro, que nada se compara às nossas realizações presenciais e esse momento de volta é muito importante e extremamente feliz” afirmou o DJ 440 sobre a Terça do Vinil, que ao longo da sua história já se adaptou a espaços, períodos, formatos e culturas diferentes e é um dos projetos de fomento à música brasileira mais reconhecidos nacional e internacionalmente, tendo passado por vários espaços entre Olinda, Recife, cerca de 20 cidades do Brasil, além de inserções e itinerância pela Europa e Estados Unidos.
O projeto é o pioneiro no protagonismo da discotecagem em festas no estado e está no calendário turístico de Pernambuco, tendo o seu mentor, o DJ 440, como um dos maiores pesquisadores e colecionadores de vinis do Brasil, referência no trabalho com música brasileira com citações na revista internacional DJ MAG, presença nos principais festivais nacionais, um dos poucos brasileiros a se apresentar no projeto londrino Boiler Room e ainda a gravação de três discos pelo selo Red Bull Music Academy.
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