Por Edmar Lyra
A chegada do PT na gestão do prefeito João Campos, por intermédio dos novos secretários Hermes Costa (Habitação) e Oscar Barreto (Meio Ambiente), consolida a retomada da aliança entre PT e PSB que se iniciou em 2018 para a reeleição do então governador Paulo Câmara, foi interrompida em 2020, mas que foi retomada em 2022 em torno do projeto de Lula na disputa pela presidência da República.
PT e PSB possuem uma relação sólida em Pernambuco, mas que houve idas e vindas a depender das circunstâncias eleitorais. Eles estiveram juntos na maioria das vezes, com a exceção das disputas de 2012, 2014, 2016 e 2020, quando ficaram em palanques opostos. Em 2024, a chegada do PT, que poderá indicar o vice de João Campos, ajudará a reunificar o campo de esquerda na capital pernambucana, que mesmo fragmentado em 2020, acabou indo para o segundo turno cuja vitória foi do PSB.
Para João Campos, a chegada do PT tem uma série de componentes importantes, como a imagem do presidente Lula em seu guia eleitoral, um expressivo tempo de televisão, e a forte presença da aguerrida militância do partido em sua campanha. A partir de agora, oficialmente integrando a gestão, o PT cumprirá papel determinante no fortalecimento do projeto socialista para a capital pernambucana.
Se por um lado João Campos reforça seu palanque com vistas a 2024, a oposição segue patinando, sem nenhuma sinalização de entendimento, o que deverá prejudicar de forma significativa a construção de um projeto que vise fazer o contraponto à hegemonia da Frente Popular no Recife, que poderá completar 28 anos em caso de reeleição do atual prefeito no próximo ano.
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