Quociente eleitoral deverá ampliar significativamente no Recife
O fim das coligações proporcionais trouxe mudanças substanciais na formação das chapas partidárias, onde cada partido ou federação tiveram que angariar candidatos. O efeito prático pôde ser percebido em 2022 com o aumento do número de candidatos e dos votos válidos, como consequência, aumentou também o quociente eleitoral. Para deputado federal atingiu 198.795 votos e para deputado estadual alcançou 102.318 votos, nas eleições de 2018 foram 173.271 votos e 92.070 votos, respectivamente. Isso trouxe também um aumento no ponto de corte na votação necessária para se eleger, onde partidos como PSB e PP, que fizeram as maiores bancadas, exigiram mais de 43 mil votos para o parlamentar ascender às últimas vagas.
Em 2020, já com o advento do fim das coligações, o quociente foi de 19.922 votos. Apenas dezesseis partidos, entre os que integram federação e os demais, atingiram a cláusula de barreira em 2022, e somente eles terão acesso a tempo de televisão e fundo eleitoral em 2024, o que deverá aumentar a procura dos candidatos por legendas que tenham acesso ao financiamento público de campanha.
Cada partido ou federação terá direito de lançar 40 candidatos a vereador do Recife em 2024, dos quais 12 terão que ser mulheres e 28 homens, isso deverá repetir o efeito de 2022 e aumentar o número de candidatos a vereador, e garantir também um aumento de votos válidos e consequentemente do quociente eleitoral. Se seguir a lógica de 2022 e aumentar cerca de 15%, o quociente deverá chegar a 23 mil votos.
Portanto, os partidos poderão ter novamente um ponto de corte bastante significativo para eleger vereadores, em especial o PSB, dono da maior bancada da Câmara Municipal do Recife com 12 representantes, que em 2020 seu último eleito obteve 7.429 votos. No segundo semestre deste ano os atuais parlamentares e os aspirantes a uma cadeira na Casa de José Mariano terão que fazer contas para escolher legendas atrativas, sob pena de precisar de cerca de 9 mil votos pra se eleger nos maiores partidos.
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