sexta-feira, 2 de setembro de 2022

Oposição joga errado

Por Magno Martins


A estratégia dos candidatos da oposição ao Governo do Estado, especialmente a tucana Raquel Lyra, em bombardear Marília Arraes (Solidariedade), que lidera todas as pesquisas, está equivocada. Marília já está com vaga garantida no segundo turno, mesmo que venha a sofrer ataques covardes do PSB, que mandou levantar um dossiê contra ela.

Raquel, Anderson Ferreira (PL) e Miguel Coelho (União Brasil) estão empatados em todos os levantamentos. A diferença de um para outro varia entre um a três pontos percentuais. Diante disso, o que se conclui: travar a guerra entre eles. Na campanha de 2018, Mendonça Filho errou ao bombardear João Campos.

O inimigo era Marília. Centrou fogo em João e esqueceu Marília, que tomou o seu lugar no segundo turno. Só para cego que não enxerga, a lógica é Raquel levantar os podres de Anderson, este bombardear Miguel e Miguel, por sua vez, tentar destruir os dois, porque a briga para ser o adversário de Marília no segundo turno está entre eles e não Danilo Cabral (PSB), que não reage nas pesquisas.

Há muito, Pernambuco não assistia a disputa tão diferente. Tudo porque o PSB, que detém o poder há 16 anos, não soube o que é ameaça de perda do poder. Isso pintou lá atrás, quando Eduardo Campos escolheu o sem sal Paulo Câmara, salvo pela morte num acidente de avião pelo seu padrinho. Não fosse a tragédia, Armando Monteiro teria encerrado o ciclo socialista no Estado.

Com 16 anos no poder, sendo os últimos oito anos desastrosos, não há mais discurso para o PSB sobreviver. Chegou a hora da mudança. Os ventos sopram nessa direção, mas é preciso que os postulantes da oposição em condições de empate nas pesquisas tenham discernimento de que o único alvo de bombardeio é o candidato do PSB e não Marília Arraes.

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