Por Edmar Lyra
Quadro histórico do PSB, tendo sido vereador do Recife, deputado federal por três mandatos e ocupado importantes secretarias em gestões da Frente Popular, Danilo Cabral teve sua primeira experiência majoritária em 2022, quando disputou o governo de Pernambuco na sucessão de Paulo Câmara. O socialista ficou na quarta colocação da disputa que foi vencida por Raquel Lyra (PSDB). Ontem, ao fazer um post em seu Instagram relembrou a data de 11 de fevereiro de 2022, quando ao lado do então governador Paulo Câmara, do prefeito do Recife, João Campos, e do presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, foi oficializado como pré-candidato ao governo de Pernambuco.
Apesar de não fazer uma crítica direta a nenhum integrante do PSB ou da Frente Popular, Danilo frisou que foi convocado e aceitou sem imposição de condição nenhuma para a disputa, exceto que o partido e a Frente Popular marchassem verdadeiramente unidos. Ele fez questão de lembrar que não era o candidato natural, cujo nome era o ex-prefeito do Recife, Geraldo Julio, que havia declinado da disputa.
Danilo prosseguiu avaliando que tinha uma reeleição muito provável para o quarto mandato na Câmara dos Deputados e que abriu mão para entrar numa das eleições mais difíceis da história da Frente Popular. Mas o grande impacto da fala do socialista foi o de que o PSB e os partidos da Frente Popular não fizeram uma reunião de avaliação do pleito, dando a entender que aguardava uma autoanálise do partido e de seus aliados sobre os desdobramentos do processo eleitoral, que não se concretizou.
Ao finalizar, disse que cumpriu seu dever, fez sua parte e defendeu de forma altiva o legado do PSB em Pernambuco e o projeto do presidente Lula. As declarações de Danilo acontecem após um longo hiato de silêncio sobre o processo eleitoral, que deverá trazer algum tipo de desdobramento para as discussões sobre o futuro do PSB nas eleições de 2024 e no âmbito nacional.
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