Por Ricardo Antunes – Dirigentes dos partidos políticos de Pernambuco estão de cabelo em pé com a popularidade que a governadora Raquel Lyra (PSDB) ainda ostenta junto à população. Em pesquisas de consumo interno, os índices da tucana seguem em alta. Com isso, não há como criar uma crise no meio político para abalar a gestão e conseguir reverter com cargos. Pelo contrário, Raquel vem se utilizando da estratégia do início do Governo Bolsonaro: se cercar de técnicos e manter políticos estrategicamente à distância. No entanto, ela possui mais maestria e não vive de embates ou de tensões como o ex-mandatário da Nação costumava fazer.
À exceção de Daniel Coelho no Turismo, o secretariado de Raquel é essencialmente técnico. Poucos nomes da política foram contemplados mesmo no segundo escalão. A postura irrita as cúpulas partidárias. No entanto, destratar político gera empatia com o povo. E político com DNA fisiológico tem medo de atacar governante com empatia. Esse xadrez é o que garantirá sobrevida ao governo neste início turbulento.
Logicamente, problemas surgirão até as eleições municipais e até a própria tentativa reeleição de Raquel. O governo ainda não criou a sua base na Assembleia, e vê as bancadas independente e de oposição somarem muitos quadros, os quais precisará pinçar de formas pontuais. Porém, enquanto essa popularidade seguir favorável, o governo não enfrentará desafios pesados.
E fatos que interferem diretamente na população (um Carnaval com sensação de segurança, o fim do racionamento de água em bairros e a ampliação do horário das delegacias da Mulher) também vêm sendo benéficos à governadora. Resta saber se o agouro dos fisiológicos conseguirá reverter o quadro. No momento, não, muito pelo contrário.
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