Por Magno Martins
Lulistas, petistas, esquerdóides, enfim, todos do cordão encarnado, como bem diz o jornalista José Adalberto Ribeiro, não param de comemorar a inelegibilidade de Jair Bolsonaro, como se fosse um grande trunfo. O ex-presidente está pagando pelos erros que cometeu, é verdade, mas no caso da sua perda dos direitos políticos não sei qual a justiça certa.
Se a que deixou a ex-presidente Dilma, depois de cassada pelo crime das pedaladas, com seus direitos políticos preservados, ou a que condenou Bolsonaro por levantar suspeita na lisura do sistema eleitoral, sem que os seus cúmplices – os embaixadores que estavam na cena do crime em Palácio – tenham sofrido qualquer penalidade. Não entenda como uma defesa de Bolsonaro, mas o Brasil é uma república das bananas!
Essa postura da justiça eleitoral, sem nenhuma paixão por A ou B, remete a velha história dos dois pesos e duas medidas. Nunca na história brasileira se viu um presidente, governador ou prefeito ser cassado e não ficar, consequentemente, inelegível por oito anos. É constitucional, regra do jogo. Para Dilma, a justiça abriu um paradigma que merece uma tese sociológica.
Responsável pela preservação dos direitos políticos dela, o ex-ministro Ricardo Lewandowski, nomeado por Lula para o STF, quanto mais se explica, mais se complica. Por que o mesmo raciocínio dele não foi aplicado agora no julgamento de Bolsonaro? Porque, claro, já estava escrito nas estrelas que o ex-presidente perderia seus direitos políticos, da mesma forma que o ex-deputado Deltan Dallagnol foi cassado, da mesma forma que Sérgio Moro pode ser a próxima vítima.
O que está ocorrendo no País é uma caça às bruxas. Lula e seus asseclas fazem um governo de vingança. Seu desejo é ver Bolsonaro preso, para se vingar da sua prisão, a qual o ex-presidente não teve nenhuma culpa. Lula e seus asseclas querem mais: botar na cadeia seu maior algoz, o ex-juiz Sérgio Moro.
É dente por dente, olho por olho. No poder, Lula quer punir quem achar pela frente que teve qualquer participação na sua prisão, que se deu como consequência de um escândalo gravíssimo, a chamada operação Lava Jato, o maior assalto aos cofres públicos da história do País.
Republiqueta de bananas!
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