terça-feira, 14 de março de 2023

Federação causa dificuldade para deputados do Solidariedade

 

Por Edmar Lyra

A decisão de PSB, PDT e Solidariedade formarem uma federação trouxe desdobramentos na conjuntura estadual. Além da ex-deputada Marília Arraes que terá que se submeter a um alinhamento com seu ex-partido, o PSB, mas com a opção de deixar a legenda caso não queira seguir na federação, os outros cinco deputados da legenda passam pela mesma situação.

A deputada federal Maria Arraes teria que se submeter, por exemplo, à liderança do seu primo, o prefeito João Campos (PSB), que tentará a reeleição no próximo ano, o que poderia causar embaraços políticos caso não haja um entendimento entre os próprios integrantes da família. Já os quatro deputados estaduais, Fabrizio Ferraz, Gustavo Gouveia, Luciano Duque e Lula Cabral têm adotado uma postura de independência ou de governismo em relação ao Palácio do Campo das Princesas, com o advento da federação teriam que adotar independência ou oposição ao governo estadual.

A janela partidária para os eleitos em 2022 será aberta apenas em março de 2026, caso o Solidariedade não tivesse feito federação sumiria do mapa e os parlamentares estariam livres para se filiar a qualquer legenda, porém com o fato novo da federação, eles terão que montar uma estratégia de justa causa para trocar de partido sem risco de perda de mandato na justiça.

Enquanto isso, por uma clara insegurança jurídica, todos os parlamentares deverão seguir na legenda até terem um entendimento mais efetivo sobre a possibilidade ou não de trocar de partido em legendas que optaram por integrar federações.

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