Por Edmar Lyra
A Assembleia Legislativa de Pernambuco volta aos trabalhos no próximo dia 1 de fevereiro com a nova composição eleita no ano passado. Dentre os parlamentares, 25 remanescentes da legislatura passada e 24 novatos. Além do mais, os dois principais cargos da mesa diretora, presidência e primeira-secretaria, atualmente ocupados por Eriberto Medeiros e Clodoaldo Magalhães, eleitos deputados federais, estão completamente abertos para novos ocupantes.
As duas maiores bancadas da Casa são o PSB com treze deputados e o PP com oito, já o PSDB, partido da governadora ficou com apenas três deputados estaduais. Isso mostra que o Palácio do Campo das Princesas não terá a influência que poderia ter caso o partido da governadora Raquel Lyra tivesse feito a maior bancada.
Para a disputa pelo principal cargo da mesa, a presidência, três parlamentares já se colocam abertamente como opção, Alvaro Porto (PSDB), do partido da governadora, Antônio Moraes (PP), que já foi tucano e apoiou Raquel no segundo turno, e Alberto Feitosa (PL), que pretende adotar um tom de maior independência em relação ao Palácio do Campo das Princesas, caso seja escolhido pelos seus pares.
Nos bastidores, mais do que o aval da governadora para a escolha, deverá prevalecer junto aos parlamentares aquele se apresentar como um presidente que defenda os interesses da Casa Joaquim Nabuco, sobretudo em meio ao grau de incerteza causado pela falta de um interlocutor político com autonomia designado pela governadora. Raquel, por sua vez, precisará se debruçar sobre a eleição da mesa diretora, para não ser surpreendida com um nome que seja diametralmente oposto ao seu governo, e mesmo que não tenha controle sobre a disputa pelo comando do legislativo, mas tenha em mente que não poderá atrapalhar um nome mais alinhado com seu governo, sob pena de ter um biênio ainda mais complexo na relação com o legislativo.
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