quinta-feira, 5 de janeiro de 2023

Depois de 10 anos em cargo comissionado, irmão de Marília Arraes diz que é “empresário”

                                                           Arthur Arraes tinha uma "boquinha" em Fernando de Noronha



EXCLUSIVO, Por Ricardo Antunes — 
Demitido pelo decreto da governadora Raquel Lyra, o irmão da deputada Marília Arraes reagiu com mau humor à notícia de sua exoneração. Arthur Leal Arraes de Alencar ocupava um cargo na Administração de Fernando de Noronha, pelo qual recebia um belo salário e onde raríssimas vezes aparecia.

Após a divulgação de sua saída por este Blog, o rapaz disse que não estava desempregado, pois é “empresário fora da vida pública” e “não deve nada a ninguém”. Como se receber uma mesada do Estado para ir ao trabalho apenas quando deseja postar fotos no Instagram fosse algo comum a todos os pernambucanos.

O hábito de ser nomeado sem dar expediente não é exclusivo dele na família. O próprio pai de Marília, Marcos Arraes, que é filho do ex-governador Miguel Arraes, também tinha uma boquinha mais polpuda. Recebia até pouco tempo a bagatela de R$ 10 mil para ser secretária de Comunicação na Prefeitura de Goiana. Sem sequer ter feito curso de Jornalismo ou de qualquer área. Recentemente, aliás, o competente André Lubambo assumiu o comando da Comunicação em Goiana, após o prefeito perceber a terra arrasada deixada por Marcos.

Marcos Arraes e a ex-deputada Marília Arraes

O tio de Marília também foi atingido pelo decreto de Raquel. Maurício Arraes de Alencar, irmão de Marcos, ocupava um cargo na Assessoria Especial do governador Paulo Câmara, conforme revelou o Blog de Jamildo, que deu sequência às matérias que nosso Blog divulgou, ontem, em primeira mão. Maurício recebia um salário de mais de quase R$ 7 mil reais.

Com tantos parentes demitidos em uma família tradicional da política pernambucana, Marília acusou Raquel de “vilanizar, de forma generalizada, cargos comissionados e funções gratificadas”. A histeria, como dissemos, faz sentido.

São quatro, agora, os desempregados na família Campos/Arraes. Um primo primo de Marília, Antônio Campos, que estava na Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) vinculada ao ministério da Educação, foi demitido também essa semana. Era o “bolsonarista” da família e apoiou a candidatura fracassada dela ao Governo de Pernambuco.

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