Do blog do Silvinho
A governadora Raquel Lyra (PSDB) tomou uma decisão no seu terceiro dia como chefe do executivo que caiu como uma bomba entre os comissionados que até então pensaram que a exoneração nunca chegaria depois de dezesseis anos de governo. Todos sabem que a maioria em peso dos cargos comissionados são de indicação política (se não todos) e que dificilmente seriam mantidos pela governadora que foi eleita com apoio de um grupo que via de regra do jogo requer esses espaços.
A nomeação em cargo de comissão é livre. Tanto para nomear, quanto para demitir. Quem quer estabilidade no serviço público precisa passar por concurso público e aí sim, terá todo o direito e garantia da Lei, e a estabilidade é apenas um dele. Seria ingenuidade demais achar que porque passou pelos quatro governos do PSB como comissionado ficaria de boa em uma gestão que não ajudou a eleger. Não é nada de novidade e nem coisa de outro mundo, basta olhar o que o presidente Lula fez e em uma canetada colocou um monte de gente pra fora.
Com a exoneração de cargos comissionados, Raquel agora ficará livre para formatar o governo que ela quer, do seu jeito e com as pessoas que lutaram com ela. O jogo é este. O que acredito que tenha sido pesado na mão do decreto governamental é com relação às licenças (prêmios) e cessões, por se tratar de direito adquirido. Sem contar que muitos servidores já tiveram este direito negado durante a gestão de Paulo Câmara. Creio ainda que a governadora deverá estar observando caso a caso principalmente nos órgãos onde não existe ônus para o estado (ou seja quem pede o servidor é quem paga).
Embora discordando em parte do decreto, ele é sim necessário para que a tucana conheça de fato a máquina estadual e o seu tamanho. Quanto ao tumulto e o alvoroço do início do governo é algo normal, afinal de contas o partido que saiu estava a dezesseis anos e não dezesseis dias. Muita gente, incluindo os comissionados, "se acostumou por lá como se efetivo fosse".
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