sexta-feira, 6 de janeiro de 2023

Lira se consolida na Câmara, Pacheco e Marinho disputam Senado

 

Foto: Divulgação

Por Edmar Lyra

A disputa pela presidência da Câmara dos Deputados e do Senado Federal já se iniciou, enquanto na Câmara Federal o atual presidente Arthur Lira (PP/AL) surge com significativo favoritismo para ser reconduzido ao cargo, no Senado o atual presidente Rodrigo Pacheco (PSD/MG) enfrentará o senador eleito Rogério Marinho (PL/RN).

Com a vitória de Lula para a presidência da República, o nome de Rodrigo Pacheco ganhou força para continuar presidindo a Câmara Alta, uma vez que eles são aliados. Caso o presidente tivesse sido Jair Bolsonaro, Pacheco teria ainda mais dificuldades para enfrentar um adversário ligado ao ex-presidente.

Apesar de ter um leve favoritismo para Rodrigo Pacheco, a disputa promete ser acirrada, uma vez que o ex-presidente Jair Bolsonaro conseguiu eleger vinte dos 27 senadores eleitos no ano passado, e alguns senadores independentes sinalizam para uma mudança de rota no comando do Senado Federal.

Faltando poucos dias para a volta dos trabalhos em Brasília, que acontecerá em 1 de fevereiro com a posse dos novos deputados e de um terço do Senado Federal, em sua maioria absoluta novatos, os candidatos a presidente das duas casas intensificam o corpo a corpo com os pares para a conquista de votos.

Dificilmente haverá reviravolta no quadro da Câmara dos Deputados, que deverá reconduzir Arthur Lira com folga independente de quem venha a ser seu adversário, mas mesmo tendo sua reeleição encaminhada, o presidente da Câmara tem mantido uma relação direta com os antigos e novos parlamentares, dando seu cartão de visitas colocando-se à disposição de quem chega a um novo mandato em Brasília, postura determinante para consolidar o seu favoritismo perante os pares.

No âmbito do Palácio do Planalto, caso Lira e Pacheco sejam reconduzidos, ao que tudo indica o presidente Lula não terá maiores problemas pelos próximos dois anos, uma vez que tanto o presidente da Câmara quanto o do Senado não pretendem criar problemas para o governo que se iniciou em 1 de janeiro.

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