Por Edmar Lyra
A eleição presidencial do ano passado trouxe um quadro de acirramento entre os dois principais adversários, o vitorioso obteve uma vantagem ínfima sobre o segundo colocado, a menor diferença proporcional da história das eleições no país. A disputa deixou sequelas que contribuem para um clima de instabilidade nunca antes visto na história do país.
O dia de ontem ficou marcado por manifestações antidemocráticas que invadiram o Supremo Tribunal Federal, o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto, numa clara afronta aos poderes constituídos. Além do vandalismo, ameaças a integrantes dos poderes, a exemplo do ministro Alexandre de Moraes, um dos principais alvos das manifestações.
O presidente Lula decretou intervenção federal no DF, enquanto o ex-presidente Jair Bolsonaro segue nos Estados Unidos como se ainda fosse presidente do país, alimentando o clima de ódio instaurado no Brasil, vide os últimos meses que até a véspera da posse de Lula havia quem apostasse em um golpe de estado patrocinado pelo ex-presidente, fato que não ocorreu.
As respostas dos poderes constituídos ao fato que ocorreu ontem em Brasília precisam ser tão duras como os protestos antidemocráticos, uma vez que a manutenção deste tipo de manifestação poderá culminar numa crise institucional jamais vista na história do Brasil, que precisa de uma vez por todas de uma trégua entre suas principais lideranças políticas e autoridades constituídas.
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