segunda-feira, 9 de janeiro de 2023

Alguns manifestantes foram contra depredação


Por PODER360 — Vídeos que circulam nas redes sociais indicam discordância entre o grupo de extremistas presente nos atos de domingo (8.jan.2023). Nas imagens, é possível ver manifestantes vestidos de verde e amarelo gritando “não quebra”, contrários à depredação do prédio do Congresso Nacional.

A manifestação deste domingo se opunha à vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas, em 30 de outubro. Resultou na destruição de vidraças, cadeiras e mesas reviradas, obras de arte danificadas e fogo ateado no Salão Verde do Congresso Nacional.

O grupo responsável pelas invasões e depredações é o mesmo que faz manifestações em quartéis desde o fim da eleição de 2022. Eles receberam reforço de ao menos 80 ônibus que chegaram a Brasília no sábado (7.jan).

Em outro vídeo, uma mulher diz que os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que compareceram ao protesto não foram os responsáveis pelo incêndio no Congresso.

“Isso aqui não foi a gente”, exclamou a mulher, que não foi identificada.

Em pronunciamento, Lula responsabilizou Bolsonaro e seus aliados pelos atos:

“Todo mundo sabe que tem vários discursos do ex-presidente da República estimulando isso. Ele estimulou invasão da Suprema Corte, estimulou invasão. Só não estimulou invasão no Palácio porque ele estava lá dentro. Mas ele estimulou invasão nos Três Poderes sempre que ele pôde. Isso também é da responsabilidade dele. É da responsabilidade dos partidos que sustentam ele e tudo isso vai ser apurado com muita força e com muita rapidez”, declarou ele.

Resumo da invasão

Por volta das 15h deste domingo (8.jan.2023), extremistas de direita invadiram o Congresso Nacional depois de romper barreiras de proteção colocadas pelas forças de segurança do Distrito Federal e da Força Nacional. Lá, invadiram o Salão Verde da Câmara dos Deputados, área que dá acesso ao plenário da Casa.

Em seguida, invasores se dirigiram ao Palácio do Planalto e depredaram diversas salas na sede do Poder Executivo. Por fim, os radicais invadiram o STF (Supremo Tribunal Federal). Quebraram vidros da fachada e chegaram até o plenário.

São pessoas em sua maioria vestidas com camisetas da seleção brasileira de futebol, roupas nas cores da bandeira do Brasil e, às vezes, com a própria bandeira nas costas. Dizem-se patriotas e defendem uma intervenção militar (na prática, um golpe de Estado) para derrubar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Antes da invasão

A organização do movimento foi captada pelo governo federal, que determinou o uso da Força Nacional na região. Pela manhã, havia 3 ônibus de agentes de segurança na Esplanada. Não foi suficiente para conter a invasão dos radicais na sede do Legislativo.

Durante o final de semana, dezenas de ônibus, centenas de carros e centenas de pessoas chegaram na capital federal para a manifestação. Inicialmente, o grupo se concentrou na sede do Quartel-General do Exército, a 7,9 km da Praça dos Três Poderes.

Depois, os radicais desceram o Eixo Monumental até a Esplanada dos Ministérios a pé, escoltados pela Polícia Militar do Distrito Federal.

O acesso das avenidas foi bloqueado para veículos. Mas não houve impedimento para quem passasse caminhando.

Durante o dia, policiais realizaram revistas em pedestres que queriam ir para a Esplanada. Cada ponto de acesso de pedestres tinha uma dupla de policiais militares para fazer as revistas de bolsas e mochilas. O foco era identificar objetos cortantes, como vidro e facas.

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