sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023

Federação entre UB e PP reaproxima partidos que surgiram da mesma raiz

 

Foto: Reprodução

Por Edmar Lyra

Os partidos União Brasil, presidido pelo deputado federal Luciano Bivar, e PP, presidido pelo senador Ciro Nogueira, caminham para uma federação que se tornará o maior bloco do Congresso Nacional, suplantando legendas como PL e PT. O movimento vem acontecendo graças ao fim das coligações proporcionais que reduziu os partidos com direito a financiamento público e guia eleitoral a 16 legendas, incluindo aqueles que participam de federações como PV, PCdoB, PSOL, Rede Sustentabilidade e Cidadania, que sozinhos não teriam ultrapassado a cláusula de barreira.

A federação entre União Brasil e PP terá 106 deputados federais e dezesseis senadores, tornando-se a maior bancada tanto da Câmara dos Deputados quanto do Senado Federal. Apesar de estarem se unindo, os dois partidos sofreram mutações e surgiram de uma mesma árvore genealógica, o União Brasil é fruto de uma fusão entre PSL e Democratas, que por sua vez era o antigo PFL, já o PP, foi o antigo PPB e antes chegou a ser o PDS, que foi sucedâneo da Aliança Renovadora Nacional. Coincidentemente o PFL surgiu de uma dissidência do PDS, que aconteceu em 1985.

Tanto o PP quanto o PFL chegaram a ter forte protagonismo no Congresso Nacional entre as décadas de 80 e 90, quando tinham juntos mais de 130 deputados federais em cada legislatura, até que com a ascensão de Lula em 2003, os dois partidos foram diminuindo de tamanho, até a pior eleição dos dois partidos, quando o DEM elegeu apenas 21 deputados federais e o PP apenas 38. Com a ascensão de Jair Bolsonaro em 2018, o então nanico PSL se tornou grande e depois fundiu-se ao Democratas, formando o União Brasil, que em 2022 elegeu 59 deputados federais, e o PP 47 parlamentares.

Com a concretização da federação, UB e PP se fortalecem para as eleições municipais e deverão ampliar de forma significativa seu tamanho no Congresso Nacional em 2026, onde qualquer que seja o presidente, inclusive o atual presidente Lula, precisará desta federação para garantir a governabilidade tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado Federal.

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