Marília Arraes continua na geladeira política

Por André Beltrão — Como o Blog contou há duas semanas, o comando da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) não irá para as mãos da ex-deputada Marília Arraes (Solidariedade). O senador Humberto Costa (PT) ganhou a queda de braço e ficará com a indicação do órgão, que tem atuação em 11 estados do Brasil. No entanto, o nome não será Dilson Peixoto, fiel escudeiro do senador. Dilson deverá cumprir missão no comando do MetroRec, pelo qual já soma passagem.

O nome indicado por Humberto poderia ser o ex-deputado Odacy Amorim, que já foi indicado para presidir o IPA na gestão de Dilson pela Secretaria Estadual de Agricultura. No entanto, surge forte nos bastidores o nome de Diego Costa, que foi secretário-executivo na mesma gestão de Dilson na Agricultura. Atualmente, Diego é um dos diretores de Saúde do Consórcio Nordeste, que é presidido por Carlos Gabas, indicado pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT).

Pernambuco tem muitos representantes esquecidos, até mesmo a neta de Arraes.

Com isso, boiaram as teses de Marília Arraes e do ex-deputado Raul Henry (MDB), que foi vazado com exclusividade por este blog, mas não teve força para peitar a vontade de Humberto. Raul caiu em desgraça no ninho jarbista desde o ano passado, quando não montou chapa para deputado estadual, e forçou a saída de nomes como Tony Gel e Jarbas Filho do MDB. Terminou não se reelegendo, perdendo de longe para Iza Arruda, a quem havia filiado apenas como cauda eleitoral, e que acabou lhe passando e muito na votação.

Já Marília, derrotada de forma acachapante para o Governo do Estado, perdeu mais uma tentativa de especulação feita por ela própria. Antes, havia se colocado como nome para o Ministério do Turismo. Pernambuco tem três representantes no primeiro escalão, outros nomes no segundo, e a neta de Arraes sequer segue lembrada. Que coisa.