EXCLUSIVO, por Ricardo Antunes – O ex-ministro e ex deputado federal José Dirceu (PT) está descansando na praia do Paiva, no Cabo de Santo Agostinho, durante o Carnaval. Considerado o ex “todo poderoso” no primeiro governo Lula e depois condenado judicialmente no episódio do mensalão, Dirceu começa a ser “reabilitado” para voltar aos holofotes.
Recentemente, o presidente Lula fez acenos ao auxiliar, no aniversário de 43 anos do PT. Lula chegou a dizer que Dirceu “não tem que andar escondido, tem que colocar a cara para fora e brigar”.
Apesar de figurar nos bastidores, José Dirceu nunca deixou a política. Ele foi peça fundamental nas articulações com partidos e empresários para garantir a candidatura de Lula ao Planalto, em 2022. Sua lealdade com o presidente em tempos passados, quando delações premiadas ocorreram a torto e a direito, é alvo de admiração dos aliados até hoje.
Há quem grave que um lugar para Dirceu na Esplanada dos Ministérios esteja guardado e seja questão de tempo. No entanto, a relação com Lula e o respeito que possui de petistas, atores políticos e militantes são muito maiores do que qualquer cargo público que possa vir ou voltar a exercer em Brasília.
Mas nunca será de fato descartado, ainda mais agora que o governo ensaia criar uma narrativa que o absolva, como aconteceu com o próprio Lula e o coloque na linha de frente da cena política nacional. “Ele tem tudo para voltar por cima e sempre gozou da confiança do presidente”, disse um interlocutor.
Habilidoso e com excelente trânsito entre políticos e empresários, o ex presidente da Une nos tempos de chumbo, sabe que “o tempo é o senhor da razão”, como diz o adágio popular.
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