Por Edmar Lyra
Após a posse dos deputados estaduais e a eleição da mesa diretora, a Alepe se debruçará na formação das comissões temáticas e outras deliberações para o ano legislativo. O líder do governo já foi definido, trata-se do deputado estadual Izaias Regis (PSDB). Já para a liderança da oposição, há uma indefinição quanto ao nome e mais do que isso, sobre quem será efetivamente oposição e quem atuará de forma independente.
Partidos como PSB, PL e a federação composta por PT, PCdoB e PV têm integrantes mais alinhados com o governo e outros mais independentes, mas para um primeiro momento, há uma dúvida sobre quem poderá adotar a postura de oposição.
Até o presente momento, apenas dois nomes surgiram como opções para ocupar a função de líder da oposição: João Paulo (PT) e Dani Portela (PSOL), mas não há consenso sobre a unidade oposicionista nem sobre quem efetivamente ocuparia esta função.
Na legislatura passada a função de líder da oposição era ocupada pelo deputado estadual Antonio Coelho (União Brasil), que nesta legislatura pode adotar uma função de independente em relação ao governo, uma vez que oficialmente seu grupo não integra o secretariado no Palácio do Campo das Princesas.
De olho nas eleições de 2024, onde sonha em novamente disputar a prefeitura do Recife, João Paulo aposta na condição de líder da oposição para ganhar uma vitrine, mas sofre resistências da bancada do PL que atuará de forma independente e não pretende ser liderada por um parlamentar de esquerda, sobretudo filiado ao PT.
Há quem defenda que tenha o líder da oposição e uma espécie de líder dos independentes, mas isso seria algo inédito na Casa de Joaquim Nabuco, uma vez que sempre houve uma delimitação clara entre os integrantes do governo e da oposição na atividade legislativa com duros embates no plenário daquele poder.
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