Do blog do Silvinho
O ano de 2022 foi marcado pela eleição da primeira mulher para governar Pernambuco. Raquel Lyra tornou-se hoje não apenas a governadora do estado, mas também a maior cabo eleitoral das eleições municipais de 2024. Basta acompanharmos de perto a quantidade de prefeitos e prováveis candidatos a prefeito ou prefeita que pretendem subir no palanque junto com Raquel para tentarem se eleger e comandar os respectivos municípios. Ainda é muito cedo para se ter uma avaliação exata do governo tucano em Pernambuco e sua repercussão na vida das pessoas. Isso já é necessário o suficiente para que Raquel Lyra se torne o nome mais disputado entre aliados.
No meio político, há quem acredite que Raquel deve adotar a mesma cautela que fez na Assembleia Legislativa e não se envolver nas disputas municipais. Eu acho muito difícil de esta tese vingar. No máximo, o que pode acontecer é a governadora repetir um gesto que já foi aplicado por Eduardo Campos nos anos de 2008 e 2012: onde a base estiver unida não se vai para não gerar atritos. Raquel já sabe bem quem é de fato o seu principal adversário político: o PSB. E contra os candidatos socialistas é muito provável que ela suba e faça campanha no maior número de municípios pernambucanos.
Inclusive, existe uma expectativa que muitos prefeitos que hoje estão no PSB e vão concorrer à reeleição migrem para o PSDB. E quem já está encerrando o seu mandato coloque seus candidatos pelo partido tucano. Não duvidem: Raquel vai querer sim fazer o maior número de prefeitos possíveis para que em 2026 tenha uma reeleição tranquila. Não adianta julgar o governo dela com alguns pontos de dificuldades iniciais. A tucana começou da mesma forma em Caruaru e em 2016 foi reeleita com mais de 70% dos votos.
Raquel é uma política diferente, mas do seu jeito deve tocar também a parte política.
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