Por Edmar Lyra
Em busca do segundo mandato como prefeito do Recife nas eleições do próximo ano, João Campos (PSB) consolidou a aliança com partidos importantes, como União Brasil, Republicanos e PSD. O gestor também tem uma relação sólida com MDB, PP e PDT, os dois primeiros integram também a base da governadora Raquel Lyra, o que sinaliza uma necessidade de posicionamento dos partidos em 2024, mas a grande sacada da Frente Popular será a chegada do PT na aliança liderada pelo socialista.
Nas eleições de 2020, PT e PSB se enfrentaram no segundo turno, após João Campos e Marília Arraes terem juntos mais de 57% dos votos válidos no primeiro turno. Isso mostra que os partidos unidos têm grandes chances de alavancar a candidatura à reeleição do prefeito, que teria o presidente Lula em seu palanque, considerado o principal cabo eleitoral de Pernambuco.
Caso se concretize a presença dos partidos que sinalizaram apoio e do próprio PT, João Campos terá uma partida significativa em termos de tempo de televisão, de apoio de candidatos proporcionais e de uma ampla frente política em torno de sua candidatura. Elementos que lhe darão a condição de chegar fortalecido em busca do segundo mandato.
Uma eventual vitória em 2024 o coloca na condição de virtual candidato da Frente Popular em 2026, onde o PT sinaliza para a manutenção do mandato do senador Humberto Costa numa chapa encabeçada pelo herdeiro político do ex-governador Eduardo Campos. Por isso a necessidade de fortalecer os laços entre os dois partidos, o que deverá ter desdobramentos nos próximos pleitos eleitorais.
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