Por Ricardo Antunes – Prestes a completar 25 anos, a Folha de Pernambuco ficará de fora das campanhas publicitárias do Governo do Estado. O grupo, liderado pelo empresário Eduardo Monteiro, não desperta interesse da gestão de Raquel Lyra e não será incluído na distribuição de verbas públicas, o que será péssimo para o caixa da empresa. A gota d’água teria sido uma conversa nada agradável de pessoas da cúpula com a própria governadora, ainda em dezembro, o que sepultou quaisquer chances de trabalho conjunto.
A decisão da Folha de contratar o jornalista Magno Martins, reconhecido perseguidor da gestão de Raquel Lyra, a quem trata ironicamente como “mainha”, já era um prenúncio de que as relações ficariam tumultuadas. O veto ao jornal nas propagandas sobre o Carnaval feitas pela Empetur, que já estão circulando, escancararam o quadro atual.
Criada em 1998, a Folha de Pernambuco nasceu para denunciar as mazelas do governo de Miguel Arraes, que seria derrotado em sua tentativa de reeleição naquele ano para Jarbas Vasconcelos. Desde então, o jornal sempre adotou postura próxima a Jarbas, Mendonça Filho, Eduardo Campos, João Lyra Neto e Paulo Câmara. Agora, sem verba publicitária e com Magno Martins detonando Raquel, o jornal parece ter “voltado às origens”.
Resta saber como ficará a situação do conhecido blogueiro Edmar Lyra, cuja coluna diária é publicada no periódico, mas que não costuma ficar na oposição a quem está no poder. E, claro, como ficará a questão dos pagamentos, já que nos últimos anos, mesmo recebendo pomposos recursos do PSB, o veículo se notabilizou por atrasos salariais e de férias dos funcionários.
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