Por Edmar Lyra
Criado em 1952, o Banco do Nordeste tornou-se um dos principais bancos de fomento do país, cujo acionista majoritário é o governo federal. Com um faturamento de cerca de R$ 7 bilhões e um lucro líquido no terceiro trimestre de 2022 de R$ 1,3 bilhão, o BNB é uma instituição financeira que atende onze estados da federação, além dos nove estados nordestinos, seu raio de atuação chega ao Espírito Santo e a Minas Gerais por determinação do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE).
São mais de 300 agências e uma atuação em mais de 2 mil municípios, cuja sede é em Fortaleza. Por isso, historicamente os presidentes da instituição era indicação do Ceará. O presidente Lula inovou e escolheu o ex-governador de Pernambuco, Paulo Câmara, recém-desfiliado do PSB, para ocupar a função. Paulo é economista, auditor concursado do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco e tem uma vasta carreira no serviço público.
Sua experiência o credencia para a função, cuja oficialização aguarda a aprovação de uma mudança na lei das estatais, que diminui de 36 meses para 30 dias a quarentena para dirigentes partidários poderem ocupar funções de direção em órgãos estatais. Mas deverá avançar em breve para não só resolver a situação de Paulo Câmara como de outras pessoas indicadas pelo presidente para dirigir estatais.
A região Nordeste historicamente teve investimentos aquém das demais regiões, e precisa de uma gestão moderna, eficiente e capaz de fortalecer a economia da região através do seu principal banco de fomento. Paulo Câmara tem tudo para fazer um grande trabalho à frente da instituição ao longo dos próximos anos, pois conhece bem a área econômica e tem know-how em gestão pública. Sua escolha foi muito comemorada pelos aliados do presidente Lula em Pernambuco, que acreditam que ele fará um grande trabalho em defesa dos interesses da região Nordeste.
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