quinta-feira, 24 de novembro de 2022

O desafio de Raquel Lyra para a escolha da Casa Civil

 

Foto: Divulgação

Por Edmar Lyra

A secretaria da Casa Civil historicamente tem uma função estratégica para os governos estaduais, pois torna-se uma caixa de ressonância das demandas do establishment político junto ao Palácio do Campo das Princesas. Durante a gestão Paulo Câmara o governo pôde se dividir entre antes e depois da escolha de José Francisco Neto para a Casa Civil, pois sua entrada na função quebrou uma tendência de rotatividade observada com seus antecessores, fazendo com que ele ficasse mais de três anos na função.

O perfil adotado por Zé Neto foi de conciliação, sinceridade e entregas, o que melhorou substancialmente a relação de deputados, prefeitos e demais setores dos poderes constituídos com o governo de Pernambuco. A governadora Raquel Lyra foi eleita numa condição atípica, pois não tinha uma figura central que sinalizasse esta necessidade durante a campanha eleitoral. E até o presente momento há um quebra-cabeças para saber quem ocupará a função mais importante do secretariado da futura gestão tucana.

Evidentemente que o perfil para a escolha passa pelo nome ter bom trânsito com a Alepe, com a bancada federal, com o TCE e com demais setores, que possa também ter o mínimo de aresta possível, e mais do que isso, não tenha projetos eleitorais pelos próximos anos.

A governadora terá dois testes de fogo nos próximos meses que são a formação do secretariado e a eleição da mesa diretora da Alepe, que acontecerão entre dezembro e início de fevereiro e um bom secretário da Casa Civil será determinante para que ela passe incólume por estes desafios e siga com um governo com boa perspectiva de governabilidade pelos próximos quatro anos. Portanto, Raquel terá que ser certeira na escolha para esta função, pois ela dirá muito o que será o seu governo.

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